Antes de se saber "Como conservar o ambiente", será conveniente fixar ideias da aplicação de várias palavras e expressões frequentemente usadas.
Assim, quando se diz "meio ambiente" não implica usar só metade do ambiente , mas quer exprimir "Todo o ambiente envolvente."
Do mesmo modo, quando se diz "ambiente pesado" não se quer exprimir "peso" na ideia de força, mas sim na impressão de ambiente irrespirável pouco saudável.
Outras expressões poderão provocar ideias erradas, posto que a palavra "Ambiente" tanto é :
a) adjectivo com dois géneros:
1) que rodeia os corpos por todos os lados;
2) relativo ao meio circundante;
b) substantivo masculino:
1- o ar que se respira.
2- o meio natural e social em que se vive; atmosfera.
3 - conjunto de coisas que nos cercam.
4 - lugar, espaço ; recinto.
Desde os tempos em que se formaram grandes aglomerados populacionais começaram os problemas ambientais, com o destino ou armazenagem dos lixos produzidos por essas populações.
Já na Grécia e na Roma antiga construíam redes de esgotos de uma forma semiaberta, que permitiam não só o transporte dos dejectos a longa distância como também a verificação fácil do seu funcionamento e a manutenção do sistema.
Não havia preocupações ambientais, tais como hoje são consideradas, mas sim como diminuir e minimizar o problema desagradável dos maus cheiros.
Com o evoluir das cidades foram aparecendo outros problemas criados pelo volume e natureza do dito "lixo urbano". O início da exploração industrial trouxe os problemas dos produtos da extracção mineira não utilizáveis, bem como os resultantes das manipulações de processamento fabril.
Por outro lado, havia uma enorme dificuldade em uniformizar a designação de alguns dos produtos, o que levou ao aparecimento de uma listagem conhecida por CER - Código Europeu de Resíduos, a utilizar em todo o espaço da CEE.
Tipos de resíduos.
Resíduos são substâncias, produtos, ou objectos , que ficaram incapazes de utilização para os fins para que foram produzidos. Ou são restos de um processo de produção, transformação ou utilização. Em ambos os casos pressupõem que o detentor se tenha de desfazer dele.
Convém realçar que não há uma definição única de resíduos a nível europeu , pois se verifica ainda uma acentuada diferenciação nas diversas legislações.
De um modo geral podemos considerar resíduos : domésticos, comerciais, industriais, hospitalares, agrícolas, etc. Igualmente, os resíduos podem ser classificados, não em termos da sua proveniência mas da sua natureza físico-química, em : metais, vidros, papel, têxteis, vegetais, pilhas, plásticos, lamas de depuração, etc.
Qualquer que seja o tipo de classificação que se considere, há resíduos banais e outros que podem ser nocivos ou perigosos para o homem e outros seres vivos. Estes últimos designam-se genericamente por resíduos perigosos em função do seu caracter tóxico, corrosivo, explosivo, radioactivo, etc., e do modo como são manipulados no meio-ambiente, durante o seu ciclo de vida como produto útil ou como resíduo.
Uma tal designação é demasiado vasta, por vezes ambígua, e causa apreensões acrescidas na opinião pública. A legislação atende essencialmente ao destino e não à natureza do resíduo. Seria preferível designá-lo por um "resíduo especial" ou "resíduo nocivo", para o distinguir dos verdadeiramente perigosos, tais como pesticidas organofosfatados, ou resíduos que contenham cianetos, porque são mortais para o homem em doses relativamente baixas. Contudo, não é esta a definição contemplada na nossa legislação.
Convém referir que nem só a actividade industrial produz resíduos classificados como perigosos. Há resíduos perigosos de proveniência doméstica e urbana, hospitalar e de outras origens . Trata-se de resíduos para os quais os municípios, as industrias, os hospitais, as escolas , etc., não conseguem assumir, por si sós, a responsabilidade de eliminação com riscos mínimos para a saúde pública e para o ambiente.
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