O CD (compact disc) tornou-se uma praga ambiental, pela acumulação de milhões de discos promocionais distribuídos junto com revistas, empilhados nos balcões das lojas ou enfiados nas caixas do correio.
Hoje em dia é a nova praga que se está espalhando por todo o lado.
Algumas pessoas poderão ver esses montes de CDs como um sinal de vitalidade económica; outros, como uma catástrofe ambiental.
A Sanyo Electric de Osaka, Japão, lançará brevemente um formato de CDs de milho. Isto é: de um polímero obtido de matéria vegetal.
Contudo, o novo disco tem de momento a desvantagem de ser mais caro que os actuais de policarbonato.
O MildDisc vai custar até três vezes mais que os CDs normais para ser fabricado, embora a Sanyo pretenda baixar o preço à medida que a produção aumentar.
Este novo produto tem um atractivo ecológico: se os discos forem lançados para o lixo, terminarão por se decompor em água e dióxido de carbono, e portanto desaparecem.
Uma espiga de milho será suficiente para fornecer material para a produção de dez CDs biodegradáveis, numa base de cerca de 85 grãos de milho para cada disco.
A companhia que fará a conversão do milho em CDs é a Cargill Dow, de Minnesota, que desenvolveu a sua própria técnica de converter matéria vegetal em ácido poliláctico.
A Cargill já fabrica o ácido poliláctico para produzir recipientes de plástico biodegradáveis e roupas de fibras artificiais. Informam que os discos são tão estáveis quanto os CDs comuns, embora as instruções advirtam contra a sua exposição a temperaturas acima de 50 Cº.
O marketing da companhia Sanyo apoia-se nas referências aos benefícios ambientais do produto. Os discos serão vendidos em embalagens verdes.
Quanto aos discos convencionais de policarbonato, a sua destruição só é possível em fornos especiais de elevada temperatura, processo que contribui para a poluição do ar.
Quando enviados para um aterro sanitário, não sendo biodegradáveis, ocupam muito espaço, dadas as enormes quantidades produzidas e descartadas.
A iniciativa da Sanyo já conquistou amigos no movimento ambientalista, por quem esta tecnologia será bem recebida.
A actual indústria dos CDs está menos convencida disso, porque as firmas que enviam discos promocionais procuram os menores preços. Em quase todos os casos os discos são fornecidos gratuitamente, e se os discos de milho vão custar três vezes mais não terão grande futuro comercial.
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