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Aditivos e alimentos

O porquê dos aditivos no nosso prato?

Com a crescente proliferação da indústria agro-alimentar, a perspectiva da maximização do lucro com o menor custo de produção associado levou à busca por alternativas de transformação, conservação e alteração química dos alimentos.

O tratamento químico tem início nos próprios campos de cultivo, por recurso a pesticidas, adubos artificiais e manipulação genética de sementes, dando origem a alimentos pouco atraentes e sem qualquer sabor, com um período de conservação limitado e dotados de baixo valor nutricional. Daqui decorre que, para a sua comercialização, a indústria contrata especialistas em bioquímica, por forma a aumentar a sua atractividade usando centenas de aditivos para colorir artificialmente, intensificar o sabor, aumentar o tempo de conservação, etc.
Actualmente, sob a legislação da U.E. estão abrigados cerca de 400 aditivos alimentares. No entanto, esta pressão da indústria agro-alimentar conduziu e conduz até aos dias de hoje a um crescente consumo de produtos cada vez menos frescos e saudáveis, levando a procura a incidir sobre os que se demonstraram mais rentáveis para a fonte da sua produção.

O significado dos códigos E nas etiquetas?

Por forma a promover a consecução do objectivo de controlo e regulamentação de aditivos alimentares, proibindo substâncias nocivas e limitando a quantidade das restantes, a U.E. criou uma lista oficial dos aditivos alimentares autorizados e forçou a indústria à aplicação de etiquetas com a designação dos utilizados na produção de cada alimento.
Assim sendo, cada produto da lista em questão é identificado por um código composto pela letra E seguida de 3 ou 4 algarismos.

Ex.: E300 é o código do ácido ascórbico (ou vitamina C), um aditivo que, embora exista sob a forma natural em diversos frutos e legumes, é produzido actualmente na indústria por via sintética ou por engenharia genética.

O primeiro algarismo do código E representa, geralmente, a característica principal do aditivo, pelo que se podem definir as seguintes categorias:

E1: Corantes alimentares de E100 a E180
E2: Conservantes de E200 a E297
E3: Antioxidantes de E300 a E321
E3: Antioxidantes, emulsionantes e estabilizantes de E322 a E385
E4: Emulsionantes, espessantes, gelificantes e estabilizantes de E400 a E485
E5: Ácidos, alcalis, sais etc de E500 a E585
E6: Intensificadores de sabor de E620 a E640
E9: Diversos (os edulcorantes vão do código E950 ao E967)

Nota: Os códigos E7 e E8 não são ainda utilizados



Um estudo realizado nos E.U.A. revelou que o americano médio consome 52 kg de aditivos alimentares por ano.


Seguidamente apresentam-se unicamente os aditivos alimentares de origem origem animal, potencial ou determinada



E120 - Cochonilha, ácido Carmínico, Carmim, vermelho natural 4, corante de origem animal

E160a - Alpha caroteno, Beta caroteno, caroteno Gma, corante de possível origem animal

E161g - Cantaxantina, corante de possível origem animal

E252 - Nitrato de Potássio (Salitre), conservante de possível origem animal

E270 - ácido Láctico, conservante / ácido / antioxidante de possível origem animal

E322 - Lecticina, Emulsionante de possível origem animal

E325 - Lactato de sódio antioxidante de possível origem animal

E326 - Lactato de potássio, antioxidante/regulador de acidez de possível origem animal

E422 - Glicerol, emulsionante/adoçante de possível origem animal

E430 - Estearato de Polioxietileno(8), emulsionante / estabilizador de possível origem animal

E431 - Estearato de Polioxietileno (40), emulsionante de possível origem animal

E432 - Monolaurato de polioxietileno 20, emulsionante de possível origem animal

E433 - Monooleato de polioxietileno sorbitano, polissorbato, emulsionante de possível origem animal

E434 - Monopalmitato de polioxietileno sorbitano, polissorbato 40, emulsionante de possível origem animal

E435 - Monoestearato de polioxietileno sorbitano, polissorbato, 60 emulsionante de possível origem animal

E436 - Triestrearato de polioxietileno sorbitano polissorbato 65, emulsionante de possível origem animal

E441 - Gelatina, emulsionante e agente gelificante origem animal

E442 - Fosfatidatos de amónio, emulsionante de possível origem animal

E470a - Sais de sódio, de potássio, cálcio e de ácidos gordos, emulsionante/estabilizante de possível origem animal

E470b - Sais de magnésio de ácidos gordos, emulsionante/estabilizante de possível origem animal

E471 - Mono e diglicéridos de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E472a - ésteres de ácido Acético de mono e diglicéridos de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E472b - ésteres lácticos de mono e diglicéridos de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E472c - ésteres cítricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E472d - ésteres de tartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E472e - Ésteres monoacetiltartáricos e diacetiltartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E472f - Ésteres mistos acéticos e tartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E473 - Ésteres de sacarose de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E474 - Sacaridoglicéridos, emulsionante de possível origem animal

E475 - Ésteres de poliglicerol de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E476 - Polirricinoleato de poliglicerol, emulsionante de possível origem animal

E477 - ésteres de 1, 2 propanodiol de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E478 - ésteres de glicerol e lactilato de propano-1 de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E479b - Produto da reacção de óleo de soja oxidado por via térmica fundido com mono e diglicéridos de ácidos gordos, emulsionante de possível origem animal

E481 - Oleostearilo-2-lactilato de sódio, emulsionante de possível origem animal

E482 - Oleostearilo-2-lactilato de cálcio, emulsionante de possível origem animal

E483 - Tartarato de estearilo, emulsionante de possível origem animal

E491 - Monoestreato de sorbitano, emulsionante de possível origem animal

E492 - Triestreato de sorbitano, emulsionante de possível origem animal

E493 - Monolaurato de sorbitano, emulsionante de possível origem animal

E494 - Monooleato de sorbitano, emulsionante de possível origem animal

E495 - Monopalmitato de sorbitano, emulsionante de possível origem animal

E542 - Fosfato de cálcio, estabilizante de origem animal

E570 - Ácidos gordos, estabilizante de possível origem animal

E572 - Estearato de magnésio, estearato de cálcio emulsionante/estabilizante possível origem animal

E585 - Lactato ferroso, corante de possível origem animal

E631 - Inosinato dissódico, intensificador de sabor de possível origem animal

E635 - 5`Ribonucleótidos dissódico, intensificador de sabor de possível origem animal

E640 - Glicina e respectivo sal de sódio, intensificador de sabor de possível origem animal

E901 - Cera de abelhas, branca e amarela, agente envernizador de origem animal

E904 - Goma laca, agente envernizador de origem animal

E910 - L-cisteína, origem animal

E913 - Lanolin, gordura de lã de ovelha, agente envernizador de origem animal

E920 - Hidrocloreto de L-cisteína agente melhorador de origem animal

E921 - Monohidrato hidrocloreto de L-cysteína, agente melhorador de origem animal

E966 - Lactitol, adoçante de origem animal

Neste documento encontra-se esta lista, num formato que pode ser imprimido em A4 para fazer uma brochura desdobrável: Brochura.


Referências:

Guia rápido de compras (2002) Publicações Prevenção de Saúde. Lda

VENENO NO SEU PRATO? Utilidades e riscos dos aditivos alimentares
Publicado pela Proteste (Edideco 2002)

Guide des Additifs Alimentaires de Maries Denil e Paul Lannoye Ed. Frison-Roche 2001

Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=275&print=1

Inserido em: 2004-02-14 Última actualização: 2008-11-27

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