Na ceia de Natal dita a tradição portuguesa que se coma o bacalhau. Mas, a origem do consumo deste peixe remonta aos vikings, considerados os pioneiros na descoberta do bacalhau, pois a espécie era abundante nos mares que navegavam. A falta de sal na época fazia com que se limitassem a secar este peixe ao ar livre, até endurecer, para depois ser consumido aos pedaços nas longas viagens que faziam pelos oceanos.
Mas, foi nas costas de Espanha que os bascos começaram a salgar o bacalhau e depois a secá-lo para uma melhor conservação. Este método garantia a sua durabilidade, assim como mantinha os seus nutrientes e apurava o paladar. Por volta do ano 1000, o bacalhau passou a ser comercializado pelos bascos.
Devido ao facto de na época os métodos de conservação serem precários e de os alimentos se degradarem facilmente, o bacalhau revolucionou a alimentação.
Também o calendário cristão, imposto pela Igreja Católica a partir da Idade Média, contribuiu para o aumento do consumo desse peixe. Os cristãos deviam obedecer a dias de jejum, o que levava as pessoas a excluírem a carne da sua alimentação. O bacalhau, como era mais barato, tornou-se no alimento escolhido pelo povo durante as festas religiosas, como o Natal e a Páscoa.
Com o passar dos séculos, o jejum foi desaparecendo, mas a tradição do bacalhau, sobretudo na ceia de Natal, manteve-se intacta até aos nosso dias.
Inicialmente como alimento barato e presente na mesa da população mais pobre, depois da Segunda Guerra Mundial o bacalhau tornou-se num produto só consumido pelos mais ricos. A escassez de alimentos em toda a Europa levou à subida de preço do bacalhau e o seu consumo restringiu-se às camadas mais elevadas da sociedade. Os mais pobres apenas se davam ao luxo do seu consumo nas principais festas cristãs, o que também contribuiu para a tradição do seu consumo na ceia de Natal.
O consumo do bacalhau em Portugal na ceia de natal data dos anos trinta do século XX.
[Por: @ 2010-03-15, 04:23 | Responder | Imprimir ]Antes o tradicional era peru.
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