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Dia Mundial dos Animais de Criação Intensiva

O dia 2 de Outubro, data de nascimento de um vegetariano muito famoso, Mahatma Gandhi, é um dia dedicado à exposição, lamentação e recordação do sofrimento e morte de cerca de 50 biliões de vacas, porcos, perus, galinhas e outros animais nos matadouros e quintas de produção animal em todo o mundo. Esta iniciativa foi lançada em 1983 pela FARM, uma organização sem fins lucrativos, com sede em Washington, EUA.

Entre as actividades propostas para este dia estão incluídas vigílias, caminhadas, protestos, distribuição de panfletos e palestras. Outros eventos incluem teatro de rua (encenação da morte dos animais), engaiolamentos humanos e apresentação de vídeos. Os activistas tentam encorajar os governantes do país a emitir declarações formais especiais, denunciando a triste realidade das quintas de produção animal.

Os vitelos são separados das suas mães logo a seguir ao nascimento, e são depois acorrentados pelo pescoço durante 16 semanas em pequenas e sujas divisões de madeira, onde são alimentados à força com uma preparação líquida que provoca anemia. São privados da sua dieta natural, incluindo água, forragem e ferro, assim como de exercício, ar fresco, sol e do amor da sua mãe.

Entretanto, as suas mães (as vacas leiteiras) sofrem horrivelmente, uma vez que são injectadas com hormonas de crescimento e constantemente emprenhadas para produzirem leite. Quando a sua produção diminui, são abatidas.

As galinhas poedeiras são colocadas em grupos de 5 a 7 galinhas em gaiolas de bateria. Por as gaiolas serem de arame, muitas vezes as galinhas ficam mutiladas e sem penas. São deixadas à fome cerca de 14 dias para aumentar a sua produção de ovos. Após a eclosão dos ovos, os pintainhos macho são colocados em sacos do lixo onde irão sufocar lentamente ou ficam esmagados sob o peso dos seus irmãos.

As porcas de criação são mantidas emprenhadas durante três anos em “gaiolas de gestação” metálicas, de tamanho tão reduzido que se torna impossível movimentarem-se. Os leitões são-lhes retirados logo após duas semanas do seu nascimento para que as porcas possam ser emprenhadas novamente.

Os animais são transportados para o matadouro em camiões sobrelotados sem comida, água ou qualquer tipo de protecção contra as intempéries. Muitos morrem durante o transporte.

De acordo com uma investigação de 10 anos, composta por entrevistas a vários trabalhadores de matadouros e a inspectores da USDA, muitos animas sobrevivem ao processo de abate, estando vivos e conscientes quando são esfolados, desmembrados, estripados e cozidos.

A ampla adesão ao Dia Mundial dos Animais de Criação Intensiva reflecte uma profunda preocupação pública em relação aos abusos da agricultura animal. Os habitantes das zonas rurais sofrem com a poluição da água e do ar devido às descargas e escoamento a partir dos inúmeros locais de engorda e quintas de produção. Os produtores e agricultores independentes foram substituídos pela invasão desmedida por parte dos grandes grupos de produção. Os consumidores estão preocupados com a segurança da carne e começam cada vez mais a optar pelas alternativas vegetais. Nove em dez pessoas acreditam que, se os animais forem mortos para alimentação, estes merecem pelo menos um tratamento humano durante as suas curtas vidas.


Referências:
http://www.wfad.org

Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=411&print=1

Inserido em: 2006-09-24 Última actualização: 1999-11-29

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