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Símbolo vegan, logótipo do Centro Vegetariano

Maria Daines conversa com o Centro Vegetariano

Vegetariana e activista pelos direitos dos animais, a conceituada artista britânica Maria Daines dispôs-se a conversar com o Centro Vegetariano a propósito do projecto Music United For Animals e do vegetarianismo.
1. Quando e porquê o Vegetarianismo começou a fazer parte das vossas vidas?
Há cerca de 2 anos que eu e o Paul [companheiro e músico] seguimos uma dieta vegetariana.

2. O projecto Music United for Animals (Música Unida pelos Animais) que objectivo tem?
O projecto “A Música Unida pelos Animais” é, no fundo, um plano simples para angariar fundos, que serão usados no apoio aos abrigos para animais, um pouco por todo o mundo. Quisemos manter uma abordagem sólida e eficaz. Para tal, fizemos com que a impressão do CD fosse financiada por patrocinadores, depois enviámos cópias para as diversas organizações, para que elas pudessem vender esses CDs ficando, então, com todos os lucros para cuidar dos animais que têm a cargo. Cada canção alerta para os animais que sofrem.

3. Têm outros CDs, ou projectos, acerca do Vegetarianismo ou dos Direitos dos Animais?
Nós temos vindo a compor canções que contemplam o bem estar dos animais e abordando questões relativas aos seus direitos. Provavelmente, no futuro, surgirá um novo CD, no seguimento de “Music United for Animals”. Entretanto, temos feito o nosso melhor, e o que está ao nosso alcance, para denunciar situações de crueldade através da nossa música, dando voz aos animais em sofrimento.

4. Os músicos têm um papel importante, pois espalham mensagens aos seus ouvintes e aos seus admiradores. Tomaram conhecimento de algum caso de admiradores vossos que tenham optado pelo vegetarianismo devido ao vosso trabalho?
Sabemos de uma senhora na Nova Zelândia que deixou de comer carne depois de ouvir a nossa canção Your meat is our muder (A vossa carne é a nossa morte). Quantos mais conseguimos sensibilizar, não sabemos, mas acredito que a música encontra sempre uma maneira de tocar as pessoas! Esperemos que assim seja!

5. Considera o vegetarianismo como uma base para a evolução moral da Humanidade?
Eu acredito que o vegetarianismo é uma decisão pessoal que tem que ser tomada depois de uma compreensão clara acerca do mundo que nos rodeia. As nossas pegadas na Terra têm vindo a tornar-se, progressivamente, mais devastadoras para os recursos naturais. A percepção disto deveria ter um peso importante na nossa opção por escolhas mais compassivas relativamente ao que comemos; no entanto, ainda não existe informação suficiente, e disponível, para as gerações mais jovens, em particular. Infelizmente, publicidade a artigos vegetarianos nunca passa nas televisões, enquanto que os anúncios a fast-food e ao leite de vaca passam, constantemente, e em horário nobre.
Sim, na minha opinião, a moral da humanidade é enriquecida por uma dieta vegetariana. Para colocar esta questão de forma directa: para quê comer animais? É com certeza uma obrigação moral tratar todas as criaturas vivas com respeito e nunca fazer nada para as magoar. Matar os animais para a produção de alimentos é, indiscutivelmente, maltratá-los e magoá-los. Acredito que optando por negar a carne, isso leva-nos a deixar de usar objectos em pele/ couro e, progressivamente, atingimos uma vivência 100% livre de crueldade. Claro que vai demorar algum tempo, mas cada pessoa que optou por tornar-se vegetariana está a ajudar o mundo a evoluir num sentido mais compassivo e pacífico. A evolução, isto é, o desenvolvimento das espécies, não deveria ser violento e os seres humanos deste mundo podem tornar isto uma realidade.
Sendo assim, sim, acho que o vegetarianismo pode ter um papel crucial na evolução da moral humana, embora existam muitos outros factores envolvidos nesta questão. A paz deve nascer dentro de cada um de nós, e ser disseminada através de nós e à nossa volta. Para tal, devemos tratar cada ser vivo como gostaríamos que nos tratassem.

6. Relativamente a todos os outros problemas do nosso planeta, - como a fome, as doenças, a violência, a poluição-, será que poderiam ser resolvidos se toda a gente fosse vegetariana?
Claro que nem todos os problemas estariam resolvidos se todos optassem por uma dieta vegetariana, mas quando pensas no que estás a consumir e reflectes acerca do sentido da vida neste planeta, concluis que só respeitando o teu próprio corpo, e o destino dos outros, incluindo os animais, é que serás capaz de coexistir em harmonia e paz. Mentalmente, estarás mais consciente e sensibilizado das necessidades dos outros, porque somos todos parte do mesmo planeta, e estamos em dívida para com ele. O respeito pelas diversas formas de vida deveria ser uma prioridade para tornarmos a vida melhor, quer para a humanidade, quer para os animais.
Compreender que estamos nesta vida por pouco tempo, deveria ter um impacto profundo naquilo que fazemos enquanto cá estamos. O processo de cuidarmos dos outros e de nós próprios começa com o reconhecimento de que somos carne e osso, ou seja, somos como uma vela que um dia apagará. Portanto, se pudermos enriquecer o planeta, ser bons cidadãos e amigos daqueles com quem vivemos, e de quem gostamos, então, faremos uma diferença duradoura e marcante, que certamente perdurará pelas gerações seguintes, mesmo quando já cá não estivermos. É uma semente que plantamos.
É essencial fazermos com que o tempo que temos seja frutífero. Não estamos cá só para que o resto do mundo nos olhe e pense: “Uau, que pessoa espectacular!”; estamos cá para nos preocuparmos e para cuidarmos dos outros seres, nossos irmãos, e do espaço que nos rodeia. Cada criatura viva que se cruza connosco deveria sentir-se abençoada e, esperamos, que possa ter aprendido algo com a nossa experiência. Temos que perceber que somos todos igualmente bons, que integramos uma equipa que precisa do esforço de todos para que o trabalho seja feito!
Temos um amigo, o Paul D. Richmond, que é locutor de rádio no Canadá, e ele e o seu amigo Greg Allen, gravaram uma longa entrevista onde se discute a necessidade imperiosa de recorrermos às energias renováveis para ajudar a controlar os efeitos do aquecimento global. O resultado desse trabalho foi uma série de gravações muito informativas e pedagógicas que estão muitíssimo bem feitas e interessantes. Acho que este é um excelente exemplo de como é possível partilhar algo positivo, importante, e enriquecedor, que ao mesmo tempo atinge um grande número de pessoas, através de um meio que não é nada dispendioso, e que requer apenas tempo e alguma dedicação. Admiro muito estas pessoas que estão preparadas para fazer aquele esforço extra e, assim, fazerem a diferença, como também todos os que tentam fazer o que podem para tornar este planeta mais saudável. Esta entrevista, e os apontamentos que se seguiram, denominam-se “Mantendo o Verde Vivo”, - é um grande orgulho poder dizer que ajudei a passar esta informação e faço-o sempre que tenho oportunidade.

Maria Daines com um peru num santuário de animais7. Na sua opinião, o que é preciso fazer para chamar a atenção para o sofrimento infligido aos animais e ao nosso planeta?
Para responder a esta questão, gostaria de citar “The Scary Guy”, quando ele afirma: “Todo o homem, mulher, e criança, tem que ter um papel activo e ensinar as crianças como se ensina o Amor”. Ele realmente acredita nisto, e na minha opinião, está correctíssimo.
Como é que podemos ajudar a cuidar deste mundo tão mal-tratado, se não começarmos a assumir responsabilidade uns pelos outros, pelas nossas crianças, e em última análise, pela próxima geração? Sem amor, a raça humana está condenada. Sem compaixão, corremos para o vazio. O que é preciso é determinação para alertar as consciências. E não é fácil, pois muita gente preferiria fingir que nada se passa, e muitos desculpam-se dizendo que estão demasiado ocupados para sequer se preocuparem; esta atitude não serve! Todos temos que nos preocupar, todos são importantes e todos contam, pelo que todos têm que se envolver nestas questões relevantes para o bem do nosso planeta. Se deixarmos de nos preocupar, num futuro próximo estaremos num estado de sofrimento atroz.
No que diz respeito ao sofrimento infligido aos animais, vai ser preciso um esforço de todo o mundo para compensar este mal; em cada dia, todos os dias, temos que continuar a dizer NÃO à crueldade, e as nossas vozes têm que ser ouvidas acima do silêncio. É essencial denunciar sempre estas situações, apoiar os mais indefesos, salvar e tratar qualquer animal, desde que seja fisicamente possível fazê-lo. Se sozinho não conseguires, pede a alguém que possa ajudar-te; felizmente existem várias organizações fantásticas por esse mundo fora, que podem intervir e ajudar a salvar um animal abandonado. Não há necessidade nenhuma de abandonar um cão no esgoto, ou deixá-lo para trás quando se muda de casa... este é o tipo de ignorância que, realmente, me decepciona nos seres humanos; não é preciso despender mais nenhum esforço, ou tempo, para tomar a atitude correcta, porém, mesmo assim algumas pessoas continuarão a seguir no seu automóvel e deixar o seu amigo de quatro patas para trás... que raio de amigo se está a ser?
O que eu defendo é que todos façam o que puderem, por mais pequena que seja a vossa ajuda, pois, muitas vezes, essa é a única ajuda que aquele animal terá. Portanto, se tiveres condições salva esse animal, e fá-lo também pelos que gostariam de ajudar e não têm meios. E isto é válido para o nosso planeta também. O mundo necessita que cada um de nós seja o seu Anjo da Guarda; sejamos gentis para com o mundo, afinal o mundo é bem simpático para nós!

8. Que conselhos daria aos pais cujos filhos são naturalmente vegetarianos e se recusam a comer animais mortos?
Eu diria a esses pais para se deixarem guiar pelos desejos dos seus filhos, e não os forcem a adoptar uma escolha que não é a deles próprios.

9. Está optimista em relação ao futuro, à medida que se vêem mais e mais pessoas a tornarem-se vegetarianas?
Sim, estou. Acho que a cada dia há mais pessoas que se apercebem que o estilo de vida vegetariano é algo a que se deve aspirar, no sentido em que se adopta um estilo de vida mais compassivo e saudável. Fornecer aos nossos corpos um combustível saudável, que não entope o nosso sistema digestivo, só pode ser uma excelente ideia! A carne, particularmente a que provem das grandes indústrias, está repleta de hormonas indesejáveis; a gordura animal contem mau colesterol, e a carne animal é difícil de digerir e vai apodrecendo lentamente enquanto é processada no estômago.
Olho para o passado com repulsa, quando penso na altura em que comia carne, e questiono-me como é que fui capaz de fazê-lo durante tanto tempo. Era, simplesmente, a forma de se estar na casa dos meus pais, e nem quero imaginar o que o meu pai diria se eu tivesse declarado que me iria tornar vegetariana quando ainda era criança. Nessa época, definitivamente, isso não era uma opção para mim. Felizmente, agora é uma opção!
Creio que a frase “os animais são meus amigos e eu não como os meus amigos”, é certeira em todos os sentidos, e ninguém pode negá-lo, pois exprime de forma directa exactamente o que significa.

10. O que é que pensa acerca dos instrumentos, e dos meios, que os vegetarianos e os activistas pelos direitos dos animais, estão a usar por esse mundo fora, para espalhar a sua mensagem?
Com certeza que a internet é um meio fantástico para se chegar, rapidamente, a muitas pessoas espalhadas por todo o mundo, e, no que diz respeito às comunidades que lutam pelo bem-estar e pelos direitos dos animais, não podia ser melhor para poderem partilhar a informação rápida e eficazmente, quer para assinar petições, para partilhar notícias sobre eventos e questões que precisam de atenção urgente.
A Internet é indispensável, pois para qualquer movimento, a comunicação é essencial e a actividade online é crucial para uma educação global, também quanto a este tópico do bem-estar dos animais. Outros meios são mais dispendiosos, pois requerem planos de viagens, reuniões de protesto, conferências, distribuição de panfletos, angariação de fundos, eventos, etc., que como é óbvio, valem todo o tempo e o esforço. Seja qual for o modo de expressar preocupação e cuidado, através de meios pacíficos, isso faz toda a diferença para os animais mais necessitados.
É fabuloso saber que existem milhões de almas caridosas por aí, que investem inúmeras horas do seu tempo e dedicação, para tornar a vida dos seres melhor. Eu admiro imenso o poder do amor, nas suas várias vertentes e manifestações, que vão desde o fotógrafo que consegue captar na sua objectiva a crueldade que existe contra os animais e denunciam estas situação; os artistas e poetas; todos os que protestam; os oradores e conferencistas; os que salvam e ajudam como podem; os compositores; as pessoas que recolhem, e acolhem, no seu coração, e na sua casa, um animal abandonado; os que dizem não à carne; as mães e os pais que ensinam os seus filhos a serem bondosos; as escolas que reservam um dia dedicado às causas dos animais; o veterinário que trata de animais em sofrimento com, ou sem, qualquer tipo de pagamento; o jornalista que faz uma reportagem com impacto; o cuidado que se tem com o que se usa e veste no dia-a-dia; desde o sem-abrigo que cuida do seu animal de estimação e o mantém quentinho durante a noite, a pessoa que tem um website e passa informação pertinente; os apresentadores de rádio; o consumidor compassivo; e a toda e qualquer pessoa que prefere a bondade à crueldade e tem voz e que através dela, estão a dar voz aos que não têm como se expressar, dando-lhes, assim, uma oportunidade para que sejam ouvidos.
Talvez, assim, se poupem vidas que de outra forma seriam destruídas ou interrompidas. Estes é que são os heróis, pessoas com um coração enorme que iluminam cada canto escuro, com o seu calor e bondade. As pessoas que demonstram ter esta coragem para fazer a diferença, são uma benção, e carregam em si esperança para todos nós, e fazem brilhar o dia mais triste, fazendo com que a vida valha a pena ser vivida.

11. Da sua experiência, nota alguma diferença entre os vegetarianos e as pessoas que comem carne, seja a nível físico, mental, emocional, ou espiritual?
Sim, creio que há bastantes diferenças. Creio que se distinguem por uma maior consciência, e acima de tudo pela compaixão. Não só isso, mas também pela sua educação, pois parece que as pessoas que optaram por ser vegetarianas, ou veganas, são muito apaixonadas pelo planeta e vivem intensamente o que os humanos, de um modo geral, estão a fazer aos recursos naturais da Terra. Muitos vegetarianos preocupam-se com os efeitos negativos que a produção de carne tem no nosso ecossistema, e muitos desejam tornar a vida melhor para todas as criaturas que partilham este planeta connosco. É sabido que se há pessoas que não comem carne, é porque há boas razões para isso.
Da minha experiência, apercebo-me que os vegetarianos que tenho conhecido, todos têm uma coisa em comum, que é não gostarem da crueldade ou da destruição. Com certeza que isso influência positivamente o bem-estar, ou seja, a pessoa saber que não estão a contribuir para o clima instável da Terra, e que não estão a adicionar mais números às estatísticas do sofrimento dos animais. A sociedade actual parece estar aprisionada numa armadilha de consumismo, em que vale tudo a qualquer preço. Aqueles que comem fast-food, hambúrgueres e artigos de produção em massa que contêm carne, não devem estar cientes das implicações disso para a sua saúde, nem para o ecossistema do nosso planeta em risco, ou estarão?
Se te sentes bem contigo mesmo, projectas isso nos outros. Eu falo por mim, e sei que não ingerir carne influenciou o meu bem-estar mental, pois tenho-me sentido bem ao saber que contribuo para salvar muitas vidas a cada ano que passa, além de manter a minha consciência leve pelo mal que sei não estar a fazer. Isso tem, obviamente, um efeito bastante positivo e ajuda-me a evoluir de um modo benéfico noutros aspectos da vida quotidiana.
Fisicamente, uma coisa que notei foi que os veganos têm uma pele fantástica! Isto é um bónus extra por não se consumir nenhuma daquelas gorduras, pelo menos espero que seja por isso! Emocionalmente, e espiritualmente, encontrei imensas pessoas muito interessantes, entre as comunidades vegetarianas, porque são indivíduos que estão muito próximos da natureza, e as suas vidas são vividas ao máximo e intensamente. De facto, não há nenhuma desvantagem em ser vegetariano e há inúmeros pontos positivos! Apesar de sentir uma afinidade especial para com as pessoas que fizeram esta escolha, apreciando bastante a sua companhia, também respeito a escolha dos que optam por comer carne, talvez porque vejo em cada uma dessas pessoas, um vegetariano à espera de ser iluminado! Se tens amor no teu coração, não podes desejar a morte de uma criatura viva. Se todos tivessem a oportunidade de ver o que realmente se passa nas quintas industriais onde se criam animais para abate e consumo, ou durante a matança num matadouro, com certeza já não lhes apeteceria mais comer um bife, ou uma coxa de frango, ou uma sanduíche de bacon.
Em suma, a espiritualidade parece estar intimamente ligada com a nossa capacidade de sentir e empatizar, pelo que, os que não querem magoar nenhuma outra criatura me parecem emocionalmente mais estáveis, e seguros, do que aqueles que consomem carne sem misericórdia.

12. A Humanidade pacífica, vegetariana e compassiva: seria um sonho tornado realidade, para si? É por isso que tem lutado?
Sim, todos os dias, com todas as minhas forças. Quero deixar este planeta com a certeza de que fiz o meu melhor para não causar sofrimento às criaturas vivas, e gostaria de inspirar outros para também fazerem a diferença. Creio que há sempre esperança para a humanidade, porque todos somos capazes de mudar e de nos adaptarmos.
Os animais têm a capacidade de sentir dor e sofrimento tal como nós, e nós podemos melhorar a vida deles se enriquecermos a nossa própria vida, pois está tudo ligado e relacionado; para isso basta empatizarmos com eles. O impacto da palavra “empatia” está subestimado, e é, sem dúvida, um atalho para terminar com o sofrimento; basta que nos imaginemos no lugar de um animal em perigo...
Nós, humanos, podemos dizer que NÃO, temos o poder de salvar e proteger, o que é uma vantagem poderosa, e um privilégio. Todos temos que usar esse poder de compaixão, e de amor. A nossa sobrevivência enquanto espécie poderá vir a depender disso um dia.



Mais sobre Maria Daines http://www.maria-daines.com
Mais sobre o CD “Music United for Animals”
http://www.centrovegetariano.org/loja/index.php?product_id=166
http://www.cornwallsvoiceforanimals.org/ProjectMusicUnitedForAnimals.html


Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=433&print=1

Inserido em: 2007-05-11 Última actualização: 2007-05-18

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