O pão é fabricado a partir de farinha de diferentes cereais, amassada, fermentada e cozida no forno. As farinhas mais utilizadas são a de trigo, centeio e milho, originando diferentes tipos de pão consoante as misturas feitas e o grau de peneira das farinhas.
Este alimento é um excelente fornecedor de fibra, de alguns minerais (ferro e cálcio) e vitaminas (complexo B) e principalmente de hidratos de carbono complexos, necessários para fornecer energia e manter um bom funcionamento do organismo.
É realmente um alimento saudável e, por si só, não engorda. Uma fatia de pão fornece apenas 70 calorias.
A invenção do pão levedado atribui-se aos Egípcios. Mas foi com o aparecimento da profissão de padeiro na Idade Média que começou a nascer uma extraordinária variedade de pão, ainda hoje parte importante da nossa dieta alimentar.
Apesar de ser reconhecido como uma parte importante da alimentação, o pão não é consumido ainda em quantidade suficiente. Verifica-se até um certo decréscimo da sua ingestão, por ser frequentemente substituído por outros derivados dos cereais, como as bolachas, as tostas, os croissants, os cereais instantâneos, etc.
Segundo a pirâmide alimentar devemos consumir diariamente de 6 a 11 porções de alimentos fornecedores de hidratos de carbono, sejam eles pão, arroz, massas, etc. Por isso, se comermos 2 ou mesmo 4 fatias de pão por dia, de preferência integral ou de mistura, ainda ficamos com muitas porções disponíveis para variar de alimentos dentro desse grupo.
A maioria dos tipos de pão que se encontram no mercado são pobres em gordura. De facto, a ingestão de pão é uma ajuda fundamental nas dietas de emagrecimento. Os hidratos de carbono complexos (amido) são metabolizados pelo organismo e libertados lentamente no sangue, na forma de açúcares simples, à medida das tuas necessidades, dando uma sensação de saciedade. O problema está no que se utiliza como acompanhamento do pão (molho, manteiga, margarinas, queijos gordos, charcutaria, etc.), uma vez que o amido presente no pão fornece menos de metade das calorias fornecidas pelos alimentos gordos.
Para além dos hidratos de carbono na forma de amido (55 a 75 %), o pão fornece também proteínas vegetais (7 a 15 %), sais minerais como o ferro e o cálcio, vitaminas, em especial as do complexo B e fibras. O seu alto teor de fibras (maior ou menor, consoante for feito a partir de farinhas menos ou mais refinadas, respectivamente) faz dele um bom alimento para prevenir a prisão de ventre e muitas outras perturbações. Há alguns tipos de fibra, por exemplo a proveniente do farelo de aveia, que ajudam a diminuir os níveis de colesterol sanguíneo.
Os doentes celíacos, por sofrerem intolerância ao glúten (proteína presente nos cereais), devem evitar comer pão convencional, pois a sua ingestão pode ter consequências graves.
Para não desperdiçares nem uma migalha de pão podes congelá-lo. É importante que o pão seja colocado numa embalagem de plástico, hermeticamente fechada para que não se desidrate com o frio. Se for bastante grande, que não irás consumir duma só vez, deves parti-lo em fatias e congelá-lo nas porções adequadas.
Depois de bem seco o pão pode ainda ser ralado e guardado em frascos, utilizando-se em almôndegas, panados, etc. As sobras de pão, ou o que já está um pouco enrijecido, pode ser aproveitado na confecção de sopas, migas, açorda, pudins, etc.
Maimonides, filósofo e médico do século XII, no seu livro “O Regime da Saúde”, refere-se da seguinte forma à origem de um bom pão:
“ (...) o que entendo por pão correctamente preparado é o que é feito a partir de trigo totalmente maduro, bem seco e sem algum traço de humidade, mas que o tempo não tenha começado sequer a deteriorar. O pão deve ser feito de farinha sem refinar; quer dizer, que a casca não se deve tirar e o farelo não se deve fazer mais fino pela joeiragem. Terá de ser muito bem fermentado e não deve estar demasiado salgado. Deve, também, ser muito bem amassado e será cozido em forno. Tal é o pão que para os médico está correctamente preparado; e assim é o melhor dos alimentos...”
Referências:
CRUZ, M., “Pão nosso – uma história do pão na sociedade do ocidente europeu”, Colares Editora
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Gostaria de saber se alguma das enzimas utilizadas no fabrico de pães é de origem animal, uma vez que nunca especificam isso nas embalagens e eu sei que algumas enzimas são de origem animal fico sem saber que pães posso consumir descansada. Será que alguém consegue esclarecer-me?
(Por: viviane)
Enzimas
Gostaria de saber se alguma das enzimas utilizadas no fabrico de pães é de origem animal, uma vez que nunca especificam isso nas embalagens e eu sei que algumas enzimas são de origem animal fico sem saber que pães posso consumir descansada. Será que alguém consegue esclarecer-me?
[Por: @ 2015-03-23, 17:03 | Responder | Imprimir ](Por: viviane)
Re: Enzimas
O ideal é contactar as empresas e questionar.
[Por: centro @ 2015-04-04, 18:06 | Responder | Imprimir ]Uma boa opção é preparar o pŕoprio pão em casa, por exemplo com uma máquina de pão.