Olá silamelo83,

não fiques assim triste por causa da desequilíbrio que se passa à nossa volta. Não é fácil, mas existem sempre outras maneiras de ver a questão. Antes de pensares globalmente, no mundo em si, onde as desigualdades são brutais, onde os valores humanos e sociais quase não existem, é preciso pensar local, isto é, trazeres a energia, o focus, para o teu mundo individual. E trabalhares afincadamente nele. Com coragem, com Fé, com perseverança. Acho que foi Gandhi que disse "Sê a mudança que queres ver no mundo". Para conseguir atingir "escalas" maiores de energia, precisas tu próprio mudar a tua escala de energia, o nível em que vibras, torná-lo mais elevado. A aprendizagem, o saber, a prudência e a humildade transformam-te e essa transformação propaga-se suavemente aqueles que te rodeiam, e assim sucessivamente atingindo escalas cada vez maiores.
É verdade que meio mundo vive à custa de enganar o outro meio mundo, mas nós não somos parvos toda a vida, só se quisermos. A nossa única hipótese é nunca parar de trabalhar em nós mesmos, para podermos ser um exemplo para os que estão ao pé de nós, e essas pessoas serem um exemplo para outras. È aqui que o elo de ligação com o "engano e a ignorância" se quebra. A mentalidade tem que mudar e Portugal tem um grave problema de mentalidade, em todos os sentidos, é bastante pequena. Mas o que vejo agora, comparativamente há alguns anos atrás, deixa-me optimista.

A ignorância nem sempre é uma benção, tal como o saber muito pode tornar-se numa maldição. É preciso escolher sempre o caminho da calma interior, aquele que se adequa a nós. Ao tornarmo-nos profundos conhecedores de nós mesmos, fortalecemo-nos e seremos capazes de nos defender em qualquer circunstância, principalmente "daqueles que se habituam ao engano". Temos de começar por nós!

Com força e coragem!
Um abraço,
Susana.

silamelo83 escreveu:
> Como podemos acreditar no mundo em que vivemos se este só nos revela o que
> lhe convém?
> Como pode este mundo esperar que todos se mantenham na ignorância para o
> seu próprio proveito ignorando ele mesmo que as pessoas aprendem?
> Será a ignorância mesmo uma bênção??
>

Compreendo a tua frustração, mas temos que fazer o melhor ao nosso alcance, agir localmente em tudo o que nos for possível. Se pensarmos globalmente vamos ter vontade de desistir e não pode ser! A maioria do mundo ocidental neste momento apenas se rege pelo lucro, um caminho de inevitável auto-destruição, por isso não se olha a meios para atingir fins.
Como não somos super-homens nem super-mulheres, se dedicarmos a nossa vida a agir contra isso de forma construtiva passo-a-passo no dia-a-dia, teremos a certeza que fizemos tudo o que podíamos e decerto chegaremos a 1, 2, 10, 200 pessoas. Isso faz a diferença. :)