Em consequência do protocolo de Kyoto, que teve em vista a redução dos gases de estufa lançados para a atmosfera, nasceu o negócio do carbono atmosférico. Procurou-se estabelecer níveis nacionais em função do desenvolvimento dos países, de modo a existirem dois grupos: os que poluem muito e os que estão aquém dos limites máximos.
Os países em vias de desenvolvimento têm níveis atribuídos muito além do que produzem e, portanto, poderão vender a sua margem de atribuição, beneficiando assim de condições para o seu desenvolvimento. Pelo contrário, os países desenvolvidos com uma produção superior ao seu limite permitido terão de comprar o que lhes falta e serão assim penalizados enquanto não conseguirem diminuir a sua actual produção.
Assim nasceu o negócio do carbono atmosférico. Recebi um e-mail anunciando o seguinte: CO2e.com anuncia o início em Espanha de um Fundo do Carbono. Um consórcio de três companhias, lideradas pelo CO2Espanha, trabalhando em conjunto com a CO2e.com (uma divisão da Cantor Fitzgerald International), e uma firma de advogados Backer & McKenzie, lançaram o primeiro Fundo do Carbono de Espanha.
A primeira fase será a de estruturar o Fundo, consultando os participantes iniciais, incluindo as companhias públicas e privadas de Espanha que desejem ser envolvidas no Esquema Europeu do Comércio de Emissões (EECE) da Europa. O Fundo investirá em projectos de redução dos gases de efeito de estufa, incluindo a eficiência de energia e a substituição de combustíveis, em projectos de energias renováveis, captura de metano e outras tecnologias que reduzam emissões de gases.
Os investidores do Fundo receberão certificados que são válidos, segundo o protocolo de Kyoto. Os créditos de carbono podem ser usados para o cumprimento do protocolo de Kyoto e do EECE da Europa, conforme foi aprovado pelo Parlamento Europeu em 2 de Julho de 2003. "A ocasião pode não ser a melhor, porque as companhias incluídas no Esquema Europeu do Comércio de Emissões podem esperar satisfazer cerca de 1/4 do seu déficit de carbono através de projectos internacionais", disse Steve Drummond, director executivo da CO2e.com.
Larry Philip, director executivo da CO2Espanha, comentou : "Um fundo de carbono bem estruturado será uma ferramenta que pode fornecer economias de escala com a finalidade de obter créditos de carbono. Também os participantes no fundo têm os seus riscos enquadrados na diversificação da sua carteira de valores em diferentes países e tecnologias."
Xavier Junquera, parceiro da Backer & Mckenzie em Barcelona e coordenador na área da prática das Leis do Ambiente Europeu, diz que: "Backer & Mckenzie apoiou numerosos clientes internacionais nos últimos seis anos na estrutura legal de projectos de redução de gases de estufa. Estamos convencidos que um fundo designado para ter a participação de ambos os sectores público e privado pode ser uma vantagem clara e competitiva no mercado.
Para mais informação contactar Steve Drummond ou Lucy Mortimer em CO2e.com, uma divisão da Cantor Fitzgerald International, por e-mail em sdrummond@CO2e.com ou Imortimer@CO2e.com.
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