As pilhas comuns e as alcalinas não são contaminantes, porque não contém mercúrio (Hg). Podem ser misturadas ao lixo doméstico. Por não conterem mercúrio, não contaminarão a água. Os lixiviados destas pilhas estão muito abaixo dos limites regulamentares. O mercado total anual está em 200 milhões de unidades.
As pilhas contaminantes são as de níquel/cádmio (Ni/Cd), pelo seu conteúdo em cádmio e para as quais não há tecnologia de reciclagem disponível a preços aceitáveis.
Não é conveniente a sua recolha, já que depois não se sabe o que fazer com elas, acabando por ser abandonadas no lixo em grandes quantidades. È preferível que sejam misturadas na massa dos Resíduos Urbanos Sólidos, por ficarem assim diluídas. Ao presente, a sua recolha destina-se à exportação para tratamento em França. O perigo está em juntá-las de qualquer maneira, porque então podem causar danos ao meio ambiente.
As de Ni/Cd são principalmente pilhas de telefones celulares. O mercado destas estima-se anualmente em 3 milhões de unidades, o que alcança somente 1,5 % do mercado total de pilhas comuns e alcalinas. Deixaram de se fabricar, mas há uma certa quantidade no mercado, de origem asiática. Foram substituídas pelas pilhas de Ni/Hidreto. As que estão agora no mercado para as substituir são de Titânio (Ti), e não são contaminantes.
Outros tipos de pilhas:
1 – Oxido de Mercúrio (Hg); são contaminantes.
2 – Lítio; menos perigosas, porque são herméticas.
3 – Hidretos metálicos de Ni, Cd, Zn (Zinco), contaminantes em diversos graus, pouco perigosas porque são muito herméticas.
4 – Zinco /ar (O2); não contaminantes; menos perigosas pela sua hermeticidade. O mercado anual destas pilhas para relógios, marca-passos, câmaras fotográficas, etc., atinge 250.000 unidades.
Cuidados na gestão das pilhas usadas:
Não misturar pilhas diferentes;
Não realizar campanhas de recuperação se não se tem tecnologia adequada para tratamento final;
Não deixar as crianças brincar com pilhas usadas.
As pilhas não são recicláveis, o que se recupera são os metais quando é economicamente viável. O Zn não é contaminante, nas quantidades contidas numa pilha. É um oligoelemento, que se encontra em medicamentos e pastas dentífricas, por exemplo.
Para recuperar Ni e Cd não há tecnologia a preços razoáveis.
È perigosa a mistura indiscriminada de pilhas, já que podem provocar incêndios, por estar uma grande massa em curto-circuito produzindo calor.
As pilhas comuns oxidam-se, rebentam e o conteúdo ácido tem um certo grau corrosivo. A sua manipulação tem diversos riscos, que é importante salvaguardar.
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