Literatura, Poesia, Pensamentos, Curiosidades
Registo / Login Pesq. Avançada
    

E-mail*:
Palavra-passe*:
Tópicos
AutoresCuriosidadesHistóriasHumorLivrosPensamentosPoemasTemas
Páginas
Destaque

logo Twitter

logo Facebook

Parcerias

Fome da minha fome

Fome da minha fome,
sede da minha sede,
grito que no meu ecoa,
alma que sonhei,
ou vi.
 
És tu, senhora, a razão de tudo existir.
E mesmo morrendo,
és tu ainda o motivo.

Há depois os outros.
Amados uns outros negados.
Como a vida.
Mas são sombras apenas.
 
Ou não?
O amor que te tenho é colectivo.
A busca de ti foi afinal a de todos.
Com todos vivida.
O grito era imenso.
A palavra, transfigurada de luz,
não podia ser negada.
Muito menos esquecida.
Depois o espelho,
sempre do outro lado da rua,
na verdade da avenida.
Sempre a moldura do retrato
sobre a pedra da lareira na casa antiga.
Sempre os outros,
as suas sombras talvez mais que as suas vidas.
Ainda assim os outros.
 
Agora já não sei.
Vejo-te em tantos lugares.
Tornaste-te absoluta.
Não que te ame mais por isso.
Mas sinto-te.
De repente a aragem,
o mar sobre a praia, a luz.
Outra vez os outros.
O seu sorriso.
 
(João Crisóstomo)
7 de Setembro 2010

 



Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/literatura/index.php?article_id=620&print=1

Inserido em: 2010-11-19 Última actualização: 2010-11-19

Comentar printer     Facebook F

Temas > Amor
Poemas





https://www.centrovegetariano.org/literatura/index.php?&article_id=620