XXXI - Se às Vezes Digo que as Flores Sorriem
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XXXI - Se às Vezes Digo que as Flores Sorriem

Se às vezes digo que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...

É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.

Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.

 

Referências:
http://www.secrel.com.br/jpoesia/fp236.html



Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/literatura/Article-274-XXXI---Se--s-Vezes-Digo-que-as-Flores-Sorriem.html

Inserido em: 2003-09-05 Última actualização: 2009-11-11

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