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Rastilho

A traição persegue-me, qual rastilho infindável...
Por quanto tempo ainda mais resta
Para que chegue ao seu destino inevitável?
E expluda até mais não, e marque, e deixe a sua dor...

No peito, no coração de quem ficou a arder
De mágoa, de dor e saudade...
De tristeza infindável se sentiu a morrer
Aos poucos como tudo tão lentamente arde.

Não! Jamais! Vai-te embora, maldição!
Jazes sobre mim como um espectro!
Porque me persegues em desumana condição?

Porque o meu coração nunca sossegou de peito aberto
E o amor que afluía pelas margens, contreito,
Nunca chegou a navegar solto e liberto!

 

(Ana Oliveira Inácio)



Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/literatura/index.php?article_id=341&print=1

Inserido em: 2004-04-17 Última actualização: 2009-11-11

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