A Lily veio de uma investigação da PETA às baterias de galinhas e foi deitada fora como se não fosse nada mais do que lixo devido à sua má saúde. Tinha sido deixada a morrer num parque de estacionamento. O seu bico tinha sido cortado para que não debicasse as outras galinhas. Ela praticamente não tinha penas, devido às emanações de amónia que ela tinha respirado durante a sua vida.
A Lily estava moribunda mas, desde o momento em que um trabalhador da PETA a encontrou, ela sentiu que ia ter uma segunda oportunidade.
Depois de ter cuidados veterinários urgentes, ela recebeu todos os cuidados de saúde e carinho da sua nova família humana, que até a alimentava à mão. Ela esteve cega durante cerca de uma semana porque os seus olhos também tinham sido afectados, mas a sua voz - como a voz de uma gato a ronronar - mostrava que ela estava a sentir amor e segurança pela primeira vez na sua vida. Ela também recebeu carinho das outras galinhas que aí se encontravam, que se juntavam à volta dela à noite para aquecê-la enquanto as suas penas não voltavam a crescer.
A Lily aprendeu a apreciar a vida. Ela subia para cima de um dos seus novos companheiros - uma porquinha, também resgatada, chamada Nali - de forma a poder ver melhor o mundo. Ela saltava no ar para apanhar as uvas das videiras, e entrava à socapa na casa para deixar a prenda de um ovo no sofá onde os seus amigos humanos se sentavam.
A Lily escapou ao seu destino miserável e encontrou amor, paz e segurança.
A Lily faleceu no ano passado, após 4 anos maravilhosos com a sua família adoptiva.
Só nos EUA, cerca de 9 mil milhões de galinhas, por ano, passam por sofrimentos atrozes, sem nenhum alívio, desde o seu nascimento até à morte, devido à indústria alimentar. As galinhas são os animais mais violentados, mais desprotegidos de todo o mundo, não há leis que assegurem o seu bem-estar mínimo, são tratadas como lixo pela indústria alimentar, não como seres vivos dignos de respeito, tal como é um cão ou um gato que tenhamos em casa.
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