Romance autobiográfico, filosófico e existencialista em que o homem busca a identidade de si próprio. Alberto Soares chega a Évora, como professor de liceu, com a angústia da morte súbita e recente do pai... Começa uma busca desesperada e corajosa nos terrenos da existência: quem sou eu? que estou cá a fazer? O professor discute arte, cultura, filosofia, mas preocupa-o acima de tudo a existência humana e o sentido da vida.
"Sento-me nesta sala vazia e relembro. Uma lua quente de Verão entra pela varanda, ilumina uma jarra de flores sobre a mesa. Olho essa jarra, essas flores, e escuto o indício de um rumor de vida, o sinal obscuro de uma memória de origens. (...)"
“ (...) o espantoso milagre de estar vivo e o incrível absurdo da morte”
“Não procures a noite por não suportares o dia; leva para o sol a tua aparição e serás um homem”
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