“A minha esposa e as minhas filhas costumavam dizer que o Arnold e eu éramos como pai e filho - o filho que eu nunca tivera. Desde o dia em que o pequeno leitão Arnold foi para nossa casa que rapidamente passou a fazer parte da família. Parecia que já não havia uma única conversa em que não se falasse do Arnold. Os miúdos da vizinhança estavam sempre lá em casa a brincar com o porquinho. No dia da Acção de Graças as pessoas da nossa igreja até rezavam e agradeciam o facto de Arnold ter tocado as nossas vidas. O Arnold ia a quase todo o lado connosco. Supermercado, festas de anos, praia, férias de Natal na neve. Ele adorava andar nos carrinhos de compras e toda a gente achava muita graça. O Arnold tornou-se tão importante na nossa vida que quando fomos viver para outro estado, antes de comprarmos casa insistimos que o contracto da nova moradia contivesse na escritura a aprovação por parte da agência imobiliária, em como Arnold viveria connosco. No dia em que deixámos a nossa vila, toda a vizinhança foi ter connosco ao camião para se despedir da família e dos animais. O Arnold confiava em mim para tomar conta dele e para o levar em segurança até à nova casa.
Tragicamente, pelo caminho, um tornado atingiu-nos e separou os atrelados, o camião descontrolou-se e caiu de uma ponte de 40 metros de altura. Nós perdemos uma grande parte da nossa família nesse dia quando os nossos animais Arnold (porquinho), Sweeti (gata) e Leanna (cadela) foram mortos. Eu sinto-me profundamente infeliz por não ter protegido o Arnold da maneira como ele confiava em mim, mas ficarei para sempre grato pela sua existência e amá-lo-ei para sempre.“
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