Talvez nenhum outro animal seja mais objecto de abuso e depreciação que o porco. Nós empregamos o porco como uma metáfora para designar maneiras grosseiras e desagradáveis à mesa: "ele come como um porco"; como indicando uma falta de higiene: "sujo como um porco" ou para simples grosseria: "ele é um verdadeiro porco". No entanto, o porco na vida real, no seu ambiente natural, não é sujo, grosseiro ou indecente, mas pelo contrário é abençoado com sensibilidade, inteligência, curiosidade e charme. É tempo de reavaliarmos as nossas atitudes para com os porcos, pois eles são certamente animais dignos do nosso amor e compaixão, não desprezo, antipatia e abuso.
Como pode testemunhar o crescente número de pessoas que está a adoptar porcos como companheiros, porcos são naturalmente animais brincalhões, curiosos e sensíveis. Eles são também muito inteligentes. Por exemplo, John Robbins, autor de "Dieta para uma nova América" relata a história de heróicos porcos que teve ampla cobertura em jornais Americanos. Carol Burke e o seu filho Antony de 11 anos estavam a desfrutar de um mergulho num lago do Texas, quando Antony se distanciou muito longe da costa para águas profundas e começou a entrar em pânico. felizmente para o rapaz aterrorizado Victoria Herberta também tinha trazido o seu porco de estimação Priscilla para desfrutar de um mergulho no lago. Priscilla, obviamente notando a aflição de Antony, imediatamente correu para a água e nadou apressadamente na sua direcção. Felizmente o rapaz conseguiu permanecer a flutuar até Priscilla o alcançar. Então Antony agarrou-se à coleira de Priscilla enquanto espectadores observavam da costa, divertidos, Priscilla puxou o rapaz para a segurança.
Estas histórias da inteligência e integridade do porco abundam entre os muitos defensores destes maravilhosos animais. Por exemplo, Dr. Mike Seltzer, um companheiro de longa data de Boris, um porco com a barriga em forma de pote, relata como Boris habitualmente o acompanhava a si e à sua família nas suas regulares saídas em grupo. Um dia, as suas crianças iam dar um passeio com alguns dos seus amigos e Mike, pensando que eles podem não apreciar a companhia de boris, mantiveram-no dentro do pátio onde estava vedado, com uma fechadura no portão. No entanto, tal confinamento não era desafio para Boris, que foi directo ao portão, abriu-o com o focinho e trotou alegremente atrás das crianças, que ficaram maravilhadas por vê-lo.
Estas histórias de inteligência do porco são bem confirmadas por pesquisas de psicólogos de animais, muitos dos quais classificam os porcos acima dos cães em termos de inteligência e habilidade para resolver problemas. Por exemplo, Professor Stanley Curtis da Universidade Estatal da Pennsylvania ensinou os porcos a jogar jogos de computador especiais onde eles demonstram habilidade sofisticada para aprender e resolver problemas. Os porcos aparentam aprender os aspectos fundamentais desses jogos tão rápido como os mais inteligentes chimpanzés. Podem também se lembrar das suas lições por mais de 3 anos. Similarmente, dr. Julie Morrow Teschi relata como os porcos podem ser treinados para usar os computadores para controlar o ambiente no seu curral, ajustando os controles para as suas preferências pessoais. os porcos demonstraram claramente durante séculos a sua extraordinária sensibilidade olfactiva na sua habilidade para detectar trufas raras. Mais recentemente, os seus narizes hipersensíveis têm sido empregues pela polícia para detectar drogas.
À imagem dos porcos foi recentemente dada um reforço substancial pelo filme Babe, que retratou Babe , o porco, coo um animal altamente moral e inteligente que conseguia desempenhar o difícil papel de guardar o rebanho normalmente feito pelos cães. embora este filme fosse obviamente uma fantasia, bem pode ter a sua contrapartida na vida real, de acordo com Katy Cropp, uma vencedora de provas de cães-pastor. Katy relata ter sido capaz de ensinar porcos a desempenhar o ajuntamento e dispersão do rebanho muito da mesma maneira como os cães são capazes de o fazer. Estes exemplos de inteligência do porco levantam importantes questões acerca do uso ao qual nós habitualmente pomos estes muito amaldiçoados animais. Como Dick Smith, autor do livro "O Cão Pastor", no qual Babe é baseado, nota: "não temos tendência para comer animais que nós classificamos com alta inteligência, como cães e chimpanzés. Então se porcos são tão inteligentes como estes animais, como parece ser o caso então também não os devíamos comer: Realmente, depois da difusão de Babe, o consumo de porco declinou 40% na Austrália.
Está claro que os porcos são: inteligentes, curiosos, sensíveis e animais altamente sociáveis que têm uma elevada capacidade para o sofrimento. Simplesmente não é aceitável, logo, que continuemos a tratá-los do modo como o fazemos: confinando-os em estrebarias estreitas, onde não têm oportunidade de demonstrar o seu comportamento ! natural, onde literalmente ficam loucos de tédio e desespero. O difundido uso de porcos na pesquisa bio-médica e como transplante doa necessidades similares para serem reafirmadas. No geral é tempo de repensarmos os nossos sentimentos e atitudes em relação a estes animais comprometidos. Da próxima vez que alguém o chame de porco, simplesmente sorria e diga: "obrigado pelo cumprimento".
Referências:
http://www.european-vegetarian.org
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