A jojoba é um arbusto típico de áreas desérticas, que pode alcançar até 4,5 metros e viver mais de 150 anos, produzindo sementes que rendem metade de seu volume em óleo.
Cientistas egípcios acreditam que o óleo de jojoba, actualmente quase exclusivamente usado em larga escala na indústria cosmética, poderia ser uma alternativa viável à gasolina.
Os investigadores, da Universidade Helwan, no Cairo, e da Universidade dos Emirados Árabes Unidos, em Al-Ain, testaram o material em motores. Segundo os cientistas, a quantidade de energia gerada é semelhante e com a grande vantagem de ser menos poluente.
Numa entrevista dada à revista «New Scientist», a equipa explica que o óleo também é quimicamente estável quando exposto a altas temperaturas e pressão.
O cientista Mohamed Selim, que liderou o estudo, acredita no uso potencial da jojoba, porque o óleo contém menos carbono que a gasolina, tornando reduzidas as emissões de monóxido de carbono, dióxido de carbono e fuligem. Além disso, o material não contém enxofre e, portanto, desgasta menos o motor.
No entanto, Selim acrescentou que produzir jojoba suficiente para suprir a procura pode ser um problema.
«O uso da jojoba como combustível pede grandes quantidades da planta, as quais pedem um grande investimento», apontou o especialista que publicou o artigo no jornal «Renewable Energy».
De acordo com a revista, agricultores egípcios já estão a plantar jojoba com o intuito de fornecer um possível mercado.
Referências:
http://www.mni.pt/destaques/?cod=4054
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