Diferentes espécies animais são usadas para a pesquisa científica e para um grande número de experiências. Todos os anos milhões de animais são sacrificados, porque os estudos feitos neles e com eles são um padrão aceite na pesquisa científica e um negócio rentável.
A maior parte das investigações envolve roedores – ratos e ratazanas, que foram especificamente criados para esse propósito. Mas também uma percentagem significativa de outros mamíferos são usados em pesquisas científicas, incluindo cães, gatos, primatas, ovelhas, porcos e ainda outros animais, como por exemplo cavalos e animais marinhos.
Os investigadores preferem certas espécies para certos tipos de investigação. Por exemplo, os cães são frequentemente utilizados para a investigação cardiovascular. Os gatos são as “ferramentas” preferidas na investigação neurológica e ocular. Os macacos são preferencialmente usados em estudos psicológicos, incluindo estudos de privação maternal. Os chimpazés são usados em estudos da SIDA e os babuínos em transplantes de medula óssea. Os porcos são actualmente usados na investigação da xenotransplantação. E o ubíquo, designado vulgarmente de “rato de laboratório”, é o animal preferido dos investigadores de cancro.
Geralmente, os animais usados em pesquisas científicas são o resultado de uma criação selectiva, que garante a sua uniformidade em tamanho e noutras características, e que partilham um passado genético comum. A maior parte dos animais criados com um propósito são jovens e pequenos no tamanho. Os investigadores obtêm-nos com determinado propósito, através de criadores e casas de suplementos biológicos. Ratos e ratazanas geneticamente manipulados – animais que, através da manipulação genética, foram criados para possuírem ou não certas características – estão também disponíveis. Frequentemente, os investigadores criam os seus próprios pacientes em colónias de criação, dentro das premissas do laboratório.
Quando alguns projectos exigem uma população mais diversa geneticamente, os investigadores procuram frequentemente o canil municipal. Por lei é permitido aos cientistas procurarem animais em canis para efeitos de pesquisa. No entanto, alguns municípios, respondendo às preocupações dos defensores dos direitos dos animais, criaram leis de captura que proíbem os investigadores de retirarem animais de canis e abrigos. Nestes casos, os investigadores procuram negociantes “segunda classe”, que tiram lucros ao venderem os que obtiveram dos seus donos, de canis ou de outros negociantes.
A indústria de animais de laboratório é vasta e rentável – estimada em biliões de dólares por ano. Esta indústria inclui empresas que criam animais, construtores e fornecedores de jaulas, rações e outros equipamentos (como instrumentos de restrição e de morte); e empresas de publicações que produzem revistas como a "Lab Animal". Actualmente, o mercado de desenvolvimento e marketing de animais geneticamente criados é considerado bastante lucrativo.
Dado o lucro potencial envolvido, existe claramente um grande e determinado grupo de pessoas, para além dos cientistas, que mostram interesse em manter o mito de que a pesquisa em animais é uma forma eficiente de proteger a saúde humana.
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