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Entrevista a Sónia Cruz, mãe vegetariana
Assunto:
Mensagem:
> Obrigado ao Centro Vegetariano por estas entrevistas, porque assim > percebemos que cada vez mais existem grávidas vegetarianas, mães > vegetarianas, bébés e crianças vegetarianas. Com estes exemplos de vida, > daqui a uns tempos a consciência que as pessoas têm sobre o vegetarianismo > vai mudar, aliás já está melhor que há uns anos atrás. > Digo isto porque sou vegetariana desde 1999, no início era muito criticada > e hoje em dia a maioria das pessoas que vêm a saber que o sou e que tenho > filhos vegetarianos já tem uma abordagem diferente e inclusive algumas até > dizem, "gostava também de ser vegetariana, mas não sei se consigo deixar a > carne, come-se o quê depois?"; e então dou algumas dicas do que como, chego > a dar receitas e muitas vezes o site do Centro Vegetariano. Outras vezes > são pessoas que vão lá a casa e provam a nossa comida vegetariana e adoram, > sobretudo jovens, amigos das minhas filhas mais velhas e as suas mães, e > então levam as receitas do que provaram e acharam tão bom. > Também como a Sara, o meu filho mais novo, hoje quase a fazer 4 anos > "nasceu vegetariano", como digo, e a minha gravidez também foi acompanhada > pela minha médica de família que se mostrou totalmente aberta em relação ao > facto de eu ser vegetariana e, para além disso, eu optei por ter um "parto > natural", dentro de água, e ela foi impecável e sempre me apoiou, > inclusivé, depois dele ter nascido, ela e a enfermeira que o acompanhou no > início chamavam-lhe "O nosso bébé da água"; depois deixei de frequentar o > Centro de Saúde, mas por outras razões (porque ainda não conseguem perceber > que certos pais optem por não vacinar os seus filhos) e arranjei um > pediatra ainda da dita "medicina convencional", mas como é alemão tem uma > outra visão em relação a certos assuntos. > Bom, na altura eu era ovo-lacto-vegetariana, mas como o meu filho se > mostrou alérgico à proteína do leite de vaca (cada vez oiço mais pais a > falar que os filhos são alérgicos à proteína do leite de vaca), deixei de > consumir lacticínios. Hoje até agradeço ao meu filho por isso, porque eu já > tinha querido deixar de consumir lacticínios e estava a custar-me deixar de > comer queijo, que gostava muito. Como o amamentava (viveu exclusivamente de > leite materno até aos 7 meses e depois fui introduzindo outros alimentos - > foi aí que me apercebi da intolerância ao leite de vaca porque tentei > dar-lhe cérelac e ele vomitou à primeira colher, e depois fez análises que > o confirmaram) e ainda o amamento hoje, é o seu leitinho da noite, embora > também já beba leite de soja e goste; como o amamento, dizia, tive mesmo > que deixar de comer e beber lacticínios. > Por outro lado, em relação ao conceito do vegetarianismo, o princípio ético > de não provocar intencionalmente sofrimento aos animais, também noto que > muitas pessoas já se sensibilizam e deixaram de argumentar tanto quando > digo que passei a ser vegetariana por razões éticas, embora ainda haja > muitas com bastante resistência, mas também só resistem se lhe tentarmos > impingir alguma coisa. Eu tornei-me vegetariana através do exemplo prático > de uma pessoa de quem gosto muito, precisamente porque ele vive e pratica > tudo aquilo que pensa e, inclusive, transmite a outras pessoas em workshops > vários e palestras que dá, não apenas sobre vegetarianismo, mas sobre a > Vida, onde a ética subjacente ao vegetarianismo está incluída. Chama-se > Robiyn. E como ele diz, não somos detentores de verdades, vivemos, agimos > de acordo com os nossos valores e, tal como queremos provar algo que exala > um cheirinho tão bom, também as pessoas vão querer provar algo que façamos > e que exale esse perfume tão agradável e harmonioso. > Através das suas palestras e cursos que frequentei despertei para novas > maneiras de ver e de viver, algumas que já tinha sentido que seria assim, > mas que nunca tinham feito sentido para mim de forma a transformar os meus > hábitos diários. Pela coerência de todas as suas palavras e actos fui-me > apercebendo de muitas coisas, de repente fez-me sentido o vegetarianismo, > de repente fez-me sentido uma outra forma de "educação" das crianças que > começa na gravidez e no parto (e foi através do seu exemplo que me > desloquei inclusivé a Espanha para ter este meu filho mais novo praticando > o já agora mais divulgado "parto humanizado"), de repente fez-me sentido > uma outra forma mais natural e harmónica de viver, para resumir, pois são > tantas as coisas que estão interligadas que não dava para falar aqui nem um > centésimo do que o Robiyn transmite e nem é essa a intenção desta mensagem. > No entanto, expresso aqui também o meu agradecimento por tê-lo conhecido. > > Obrigado pela a oportunidade de fazermos os nossos comentários, obrigado a > todos pelas entrevistas que dão e pelos comentários que fazem e obrigado > uma vez mais ao Centro Vegetariano pelo trabalho que têm desenvolvido, com > amor, pela razão com que comecei esta mensagem: é através dos exemplos que > mais pessoas vão despertando para a consciência de maneiras de viver mais > harmónicas. Obrigado. > > Um abraço, > Isabel Matos. > (Por: Isabel Matos)
Por questões de segurança, p.f. escreva o que lê na imagem: