Apesar das causas da obesidade poderem ser de índole diversa, as principais são genéticas e ambientais. A diminuição dos gastos energéticos associada aos actuais hábitos alimentares com excesso de gorduras e carnes, e com pouca ou nenhuma fibra, são os principais responsáveis pelo elevado índice de obesidade.
Uma pessoa com excesso de peso diminui consideravelmente a sua qualidade de vida à medida que os quilos aumentam. O que está em causa é muito mais do que um padrão de beleza, pois a obesidade arrasta consigo muitas consequências para a saúde física e psicológica. Os dados indicam que 70% dos obesos desenvolvem pelo menos uma das doenças relacionadas com o peso excessivo.
Numa sociedade constantemente invadida por campanhas de marketing são muitas as soluções apresentadas para perder os quilos indesejados. No entanto, os especialistas advertem que nem todos os tratamentos são adequados, e muitos chegam mesmo a ter efeitos adversos para a saúde dos pacientes. As dietas estivais e o consumo de produtos apresentados como light, “linha zero” ou “dietéticos”, que por vezes escondem outras armadilhas a nível de nutrientes ou ingredientes, também não são as soluções mais convenientes.
O tratamento para a obesidade pode estar numa medicação acompanhada de uma alimentação o mais variada e equilibrada possível, exercício físico e alteração do estilo de vida. Algumas especialidades da medicina alternativa também propõem soluções que contribuem para a diminuição do problema. Mas o mais importante mesmo é evitar os erros alimentares.
Um recente estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que a obesidade está a aumentar. Esta é considerada por muitos especialistas como a "epidemia do século XXI", pois afecta já 320 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que 40% vive em países desenvolvidos. No entanto, não é ainda reconhecida pelos governos como doença, o que faz com que os fármacos não sejam comparticipados. Outra questão é que muitos médicos não estão ainda preparados para lidar com este problema, pois as faculdades de medicina não apresentam cadeiras de nutrição onde se aborde esta doença.
A obesidade afecta já cerca de metade da população portuguesa. Os comportamentos de risco e o número de obesos estão a aumentar em Portugal, assim como o número de jovens que sofrem desta patalogia. O excesso de gordura corporal aumenta os riscos para tensão arterial elevada, doenças do coração, enfarte, diabetes, alguns tipos de cancro e outras doenças.
O índice de obesidade entre a população americana é de 18%. Entre os vegetarianos é de 6%, e nos veganos é de apenas 2%. Na realidade verifica-se que o peso médio dos veganos (adultos), comparando com os omnívoros, é inferior em 5 a 10 kg.
O consumo de carne aumenta os níveis de colesterol, que, consequentemente, aumenta o risco de doenças coronárias. Os alimentos de origem vegetal são isentos da substância, pelo que o consumo diário de colesterol de um vegan é nulo, ao passo que o de um omnívoro é de cerca de 400 miligramas.