O molho de soja, também conhecido por shoyu (existe uma outra variedade que é o tamari), é o resultado da fermentação do feijão de soja, trigo e sal moído. Há séculos que é usado na cozinha japonesa e chinesa como condimento, conservante e emoliente.
Nutricionalmente é rico em enzimas e proteínas, resultantes da acção de bactérias e leveduras sobre a proteína da soja, e ainda em minerais e vitaminas essenciais ao funcionamento do organismo. Devido à sua riqueza em sódio tonifica o coração e fortifica o sangue. É indicado para nefrites, nevralgias e ciática.
Possui uma cor castanha escura e não contém açúcar. Pode ser usado em substituição do sal em legumes, sopas, molhos e para temperar soja texturizada, tofu ou seitan. O seu sabor subtil combina bem com sabores doces, picantes ou ácidos. Ajuda a digerir os cereais integrais e os vegetais e é frequentemente utilizado em remédios caseiros.
O molho de soja, tal como outros alimentos fermentados (o miso, o tempeh, os pickles), beneficia o sistema digestivo de três formas diferentes: fornecendo enzimas e vitaminas que ajudam a assimilar melhor os alimentos; fornecendo bactérias que ajudam a repovoar a flora do intestino grosso; e produzindo moléculas de assimilação fácil, uma vez que as proteínas da soja, de difícil assimilação, são convertidas em aminoácidos (moléculas mais simples). Será pois um bom hábito ingerir diariamente produtos fermentados, entre eles, o molho de soja.
Apesar de não ser muito conhecido em Portugal, o molho de soja pode ser facilmente encontrado em hipermercados e em lojas de produtos naturais. De preferência, deve escolher-se uma marca que não contenha corantes, nem conservantes, nem outro tipo de produtos químicos que acelerem o processo de fermentação.