Antes de 1944 não se fazia distinção entre vegetarianos e veganos. A palavra "vegetariano" englobava os dois conceitos. Foi usada formalmente, pela primeira vez, no dia 30 de Setembro de 1847, por Joseph Brotherton e outros, em Northwood Villa, Inglaterra, por ocasião da reunião inaugural da Sociedade Vegetariana do Reino Unido. Até 1847 os que não comiam carne eram conhecidos como "pitagóricos", ou seguidores do "sistema pitagórico", por causa do filósofo Pitágoras, da Grécia Antiga, também vegetariano.
A palavra vegan foi inventada por Donald Watson, fundador da Vegan Society (Sociedade Vegana do Reino Unido - http://www.vegansociety.com), na década de 40 do século passado.
Segundo palavras do próprio Donald, o vocábulo vegan surgiu, porque “os termos Vegetariano e Frutariano já estão ligados a sociedades que permitem os frutos de vacas e galinhas, e portanto (...) devemos criar uma palavra nova e apropriada (...). Usei o título The Vegan News. Se o adoptarmos, a nossa dieta logo se tornará a dieta vegana e aspiraremos à condição de veganos.”
Em inglês a palavra pronuncia-se “víí-gan”. Actualmente é esta a pronúncia mais comum no Reino Unido. No entanto, nos Estados Unidos são comuns as pronúncias "vii-jan" e "veign", além de "vii-gn", embora a Sociedade Vegana Americana defenda que a correcta é a britânica.
Porquê “vegano”?
Em Portugal usam-se ambos os termos: vegan e vegano/a. A somar a isso multiplicam-se as pronúncias, cada um pronunciando a palavra vegan de maneira diferente: à inglesa, à americana, ou aportuguesando a pronúncia (“vé-gan”).
Diversas pessoas e entidades propuseram já uma uniformização da grafia e da pronúncia. Uma delas foi o nutricionista brasileiro Dr. George Guimarães, da nutriVeg (http://www.nutriveg.com.br), que afirma haver toda a conveniência em utilizar apenas a terminologia “vegano” e “vegana”.
Uma vantagem desta designação será a maior probabilidade, num futuro próximo, do termo “vegano” aparecer num dicionário de língua portuguesa. A palavra vegan é um anglicismo, enquanto a primeira é uma palavra nacional.
Outra vantagem é a coerência da linguagem. Não é de todo comum o uso do anglicismo veganism, sendo que se fala em “veganismo”, dando à palavra uma grafia e uma pronúncia portuguesas. Então também fará todo o sentido designarmos os seguidores do veganismo como veganos e não vegans, ou falarmos de alimentação ou filosofia veganas em vez de vegans.
Finalmente, o vocábulo “vegano” permite também uma só pronúncia, que não origina dúvidas quanto à forma de o escrever. Ou seja, não impõe na comunicação uma barreira desnecessária, facilitando a difusão e divulgação da filosofia vegana.