Filipe Ferro Calhau é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É membro da direcção da APAEF - Associação Portuguesa de Aconselhamento Ético e Filosófico, onde está disponível para dar formação em Individualogia.
É ainda investigador integrado no projeto “Perspetivas sobre a felicidade”, Contributos para Portugal no WHR (ONU) e foi conferencista na 5ª edição do Seminário de Estudos sobre a Felicidade, com o tema: "Ética a Nicómaco", realizado na Universidade Católica Portuguesa a 29 de maio de 2019. É também autor da obra “Ensaio sobre o Individualismo”, pela Chiado Editora, 2016, da obra “A Liberdade e os escravos”, pela Emporium Editora, 2018, (com uma resenha feita pelo doutor Jorge Humberto Dias, publicada numa Revista Internacional de Filosofia Aplicada, Haser) e das obras “Individualogia” (com prefácios do doutor Jorge Humberto Dias e do doutor Joaquim Parra Marujo), “Filosofia e felicidade”, “Poesia Individualista”, “Ontem morri” e “Filosofia aplicada à consciência e felicidade” pela Chiado Publishers, 2019 e 2020.
Publicou também a obra "Filosofia da ignorância", Mikelis, 2020. Tem um canal de filosofia no YouTube com quase 500 vídeos publicados.
1- Qual a tua posição face ao vegetarianismo?
Sou vegetariano. A favor do vegetarianismo.
2 - Desde quando te tornaste vegetariano e porque decidiste adoptar esse regime?
Desde 2013. Porque acredito que é mais ético em vários sentidos. E por acreditar que tenho vantagens para a minha saúde. Também, e principalmente, por respeito aos animais.
3 - És acompanhado nutricionalmente?
Não. Mas estudo nutrição de forma autodidacta.
4 - O que dirias a alguém que está a pensar tornar-se vegetariano?
Diria que deve informar-se no sentido de realizar uma dieta saudável. Completa. Diria que são muito mais as vantagens do que as "desvantagens".
5 - Como filósofo, qual a tua posição sobre quem não vê o vegetarianismo como opção?
Devo praticar o não-julgamento. Aceitar e tentar compreender. Saber que outrora não fui vegetariano. Mas ao mesmo tempo divulgar o vegetarianismo.
6 - Achas que os vegetarianos são discriminados socialmente? Sentes-te discriminado socialmente por seres vegetariano?
Acho que são discriminados. Mas não me sinto discriminado.
7 - Que conselhos dás aos jovens e aos recém-vegetarianos?
Acredito que é uma das escolhas mais importantes que se poderá fazer na vida. Sugiro que se tenha uma dieta equilibrada, variada, atenta, completa.
8 - Que outras posições filosóficas podes adiantar sobre este estilo de vida?
Se a nossa dieta prejudica o mundo que vivemos, deve ser repensada para que possamos continuar a viver nele. O princípio ético-filosófico, "não faças aos outros aquilo que não gostarias que os outros te fizessem", também pode ser aplicado à nossa relação ética com os outros animais.
9 - Achas que o vegetarianismo pode fomentar algum género de conflito entre os que o defendem/adoptam e os que não o promovem de todo?
O vegetarianismo não fomenta nada. As pessoas poderão ou não fomentar. Sei que é um tema delicado. Acredito que entrar em conflito com as pessoas poderá gerar ainda mais conflito. Há formas de divulgar, promover e defender o vegetarianismo sem muitos conflitos.
10 - O que fazer em caso de famílias juntas onde só existe um vegetariano numa casa?
Ter coragem e ser vegetariano na mesma. Nem que se tenha de cozinhar só para si. E não se coma aquilo que os outros possam fazer.
O Centro Vegetariano agradece ao filósofo Filipe Ferro Calhau, a entrevista que nos concedeu.
Inserido em: 2020-06-13 Última actualização: 2020-06-13
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