Filipe Ferro Calhau é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É membro da direcção da APAEF - Associação Portuguesa de Aconselhamento Ético e Filosófico, onde está disponível para dar formação em Individualogia. É ainda investigador integrado no projeto “Perspetivas sobre a felicidade”, Contributos para Portugal no WHR (ONU) e foi conferencista na 5ª edição do Seminário de Estudos sobre a Felicidade, com o tema: "Ética a Nicómaco", realizado na Universidade Católica Portuguesa a 29 de maio de 2019. É também autor da obra “Ensaio sobre o Individualismo”, pela Chiado Editora, 2016, da obra “A Liberdade e os escravos”, pela Emporium Editora, 2018, (com uma resenha feita pelo doutor Jorge Humberto Dias, publicada numa Revista Internacional de Filosofia Aplicada, Haser) e das obras “Individualogia” (com prefácios do doutor Jorge Humberto Dias e do doutor Joaquim Parra Marujo), “Filosofia e felicidade”, “Poesia Individualista”, “Ontem morri” e “Filosofia aplicada à consciência e felicidade” pela Chiado Publishers, 2019 e 2020. Publicou também a obra "Filosofia da ignorância", Mikelis, 2020. Tem um canal de filosofia no YouTube com quase 500 vídeos publicados.
A ingestão regular de leite e a obesidade são factores que poderão estar relacionados. É esta a conclusão a que chega um estudo efectuado a mais de 12 mil crianças com idades compreendidas entre os 9 e os 14 anos de idade.
Este estudo, publicado numa revista americana especializada na área de Pediatria, revela que pode não ser o leite em si a provocar a obesidade, mas sim a quantidade de calorias que este contém e, consequentemente, a quantidade de tomas diárias deste produto que, por norma, é bastante aconselhado para as crianças em idade escolar.
Conforme o decreto-lei n.º 314/2003 de 17 de Dezembro, promulgado pelo então Primeiro-Ministro José Manuel Durão-Barroso, os canis e gatis municipais são obrigados a abater os animais?
A resposta é não. Mas o que é certo é que esses abates ocorrem com frequência, não raras vezes, contra a vontade das próprias pessoas que trabalham nos canis e gatis municipais, das que com eles colaboram e das que lutam desesperadamente em busca da salvação da vida de mais um animal aí mantido.
Têm sido muito frequentes os casos de maus-tratos para com os animais, assim como os casos de abandono, negligência, indiferença e toda a espécie de actos que conduzem a consequências de flagrante desrespeito para com a vida animal.
Segundo uma edição recente do «Tomorrow’s Journal of the American Medical Association», as mulheres hospitalizadas com anorexia nervosa antes dos 40 anos têm menos 53% de probabilidades de desenvolver o cancro da mama, em relação às restantes mulheres que seguiram um regime alimentar normal. O estudo foi feito com base num universo de 7 303 mulheres suecas que desenvolveram anorexia na sua juventude.
A goma-laca é um produto manufacturado a partir de uma resina natural, produzida por insectos microscópicos que se denominam em latim de Laccifer Lacca, e são vulgarmente chamados de cochonilhas. As cochonilhas são espécies de insectos que, apesar de microscópicas, podem atingir os dois centímetros e meio. Para produzir um quilo de goma-laca (para satisfazer as mais diversas necessidades humanas e os seus múltiplos usos) são necessários cerca de 300 mil insectos deste tipo.
Um problema ético ou um ponto de vista utilitário?
Se, por um lado, alguns se interrogam sobre se a comunidade sofre assim tantos maus-tratos com a criação em cativeiro pelos apicultores, outros há que defendem que se a produção de mel não fosse coordenada pelo homem este produto, proveniente da espécie animal, mas exclusivamente natural, nem sequer chegaria às lojas e hipermercados.
No passado dia 8 de Dezembro do ano transacto comemoraram-se os 23 anos sobre a morte de John Lennon, compositor que morreu barbaramente assassinado em frente ao edifício onde vivia.
No campo dos filósofos helenísticos, ou se quisermos pré-aristotélicos, que preconizam a prática de vegetarianismo ou, pelo menos, um regime restrito à base de frutas ou vegetais, existe uma corrente dos que se opõem aos já mencionados, em artigos anteriores, de epicuristas, ou filósofos do prazer. Esta corrente denomina-se o Estoicismo, que defende, entre outras coisas, que os dogmas não devem ser considerados como verdades absolutas.
Quem sofre de insónias constantemente vê a sua vida alterada nos mais diversos actos quotidianos, não conseguindo controlar muitos dos sintomas que se vão instalando meses após meses de sofrimento. As insónias podem ser causas, mas também consequências de doenças mais graves. Porém, para as combater podem-se adoptar determinadas medidas preventivas ou que diminuam os seus efeitos perniciosos, conseguindo obter uma boa noite de sono descansado.
Apesar de não ser considerado vegetariano, Epicuro (nascido a 341 a.C. em Samos) fundou a Escola Epicurista, denominada O Jardim, que adoptou posições de defesa em relação ao vegetarianismo combatendo arduamente a tendência de outros em considerarem a sua filosofia como a filosofia dos excessos e do prazer. O próprio Epicuro se debateu contra esta ideia, dizendo que nada na sua filosofia defendia tais alardes. Pelo contrário, o que Epicuro preconizava era a crença de que se um indivíduo satisfizesse as suas necessidades mais básicas, os seus desejos manter-se-iam equilibrados, não tendo, por isso, qualquer necessidade extravagante ou que o conduzisse a excessos desnecessários. Ou seja, satisfazendo os desejos mais naturais, quer em relação à alma, quer em relação ao corpo, desde que fossem necessários, isto é, como constitutivos à própria natureza humana.
Diz-se comummente, no ramo da filosofia, que Platão é o filósofo dos céus e Aristóteles o filósofo da terra. Porquê? Porque a filosofia de ambos preconiza princípios opostos de abordagem do conhecimento. Um parte do particular para o geral (realidade sensível - ideia), o outro parte do geral para o particular (forma - objecto). De facto, é Aristóteles, discípulo de Platão, que sistematiza, pela primeira vez na história da filosofia, uma lógica do conhecimento, bem como o processo de apreensão do objecto pelo sujeito, elaborando então as diferentes etapas desse mesmo processo. Assim, primeiro, o sujeito inicia o processo de conhecimento pela observação. Logo nesta primeira etapa Aristóteles afasta-se do seu mestre, que se preocupava antes em descobrir o mundo das ideias, abstraindo-se assim de toda a realidade sensível.
A época que se segue após as grandes correntes clássicas da filosofia (platonismo, por um lado, e aristotelismo, por outro) vem gerar grandes tumultos para o desenvolvimento do pensamento pré-medieval. Entre todas as correntes de pensamento nessa época destacam-se, nomeadamente, o neo-platonismo, que tentará resolver a problemática do dualismo corpo/alma, que permanece uma questão insolúvel após o fim do pensamento clássico grego.
Um estudo publicado recentemente no American Journal of Health Behaviour refere que as jovens adolescentes seguem os exemplos das mães, sobretudo quando estas ingerem comidas gordas. O mesmo não acontece em relação às fibras, cujo comportamento não é tão facilmente "imitado".
Os doentes que sofrem de artrite reumatóide, doença cujas causas são muito complexas, tiveram, provavelmente, carências de vitamina C. Isto porque, para além das causas prováveis de artrites ou poliartrites que já se conheciam, a falta desta vitamina pode contribuir para aumentar o risco de contrair a inflamação. Pelo menos assim defende um estudo levado a cabo por uma equipa de investigadores da Universidade de Manchester, em colaboração com o Instituto de Saúde Pública da Universidade de Cambridge, no âmbito de uma campanha de pesquisa para o efeito.
Muitas polémicas já se geraram em torno de adoçantes artificiais ou químicos. No entanto, mais um adoçante, desta vez, de origem natural, mas trabalhado em ambiente laboratorial, poderá surgir daqui a dois anos.
Platão nasceu no seio de uma família bem posicionada na sociedade ateniense tradicional em 428 a.C. O seu destino era, primeiramente, ir para a política, a cuja actividade a sua família se dedicava por afinidade. Porém, a guerra do Peloponeso, que se iniciara entre os gregos e os espartanos, no ano de 431 a.C, e durara ainda algum tempo, alterou o curso da sua vida, fazendo-o orientar mais para os problemas ligados à política do que propriamente para ela mesma. A filosofia será, assim, uma actividade para a qual ele inclinará toda a sua ideia do que é, ou deve ser, a política, a organização social, a justiça, o bem, etc., por influência dos discursos de Sócrates que, nessa época, já faziam furor na praça principal de Atenas.
Não está em causa qualquer alusão a uma realidade religiosa ou outra crença qualquer no sobrenatural, ou sequer em qualquer entidade espiritual. Não estão em causa, portanto, entidades suprasensíveis e não se trata aqui de evidenciar ou relatar aspectos de fé ou teológicos, nem nada semelhante.
Pretende-se tão somente relatar determinadas hipóteses com base em investigações mais ou menos justificadas e credíveis, para admitir que Jesus Cristo poderia ser vegetariano. Mais uma vez, não se trata de estar a falar do Filho de Deus Vivo, mas sim da sua pessoa histórica. Obviamente que não podemos sustentar este artigo sem recorrer ao Livro Sagrado dos Cristãos, que é, como não podia deixar de ser, a Bíblia.
À semelhança do que acontece com Pitágoras, nenhumas certezas se podem ter acerca dos hábitos alimentares de Sócrates. A única certeza é o facto de que se especula muita coisa acerca do seu ambiente e o mais provável é que parte do que a história nos revela sobre a vida dele permaneça inexacta. De quase todos os filósofos gregos que elaboraram teorias inovadoras, Sócrates foi o que mais pôs em causa a ordem vigente, estabelecida pelo poder político.
De acordo com um estudo liderado por médicos alemães, publicado durante o mês passado no American Journal of Clinical Nutrition, as pessoas que praticam um regime de alimentação vegetariana podem sofrer de falta de vitamina B12. Mas os vegetarianos rejeitam esta consequência linear, apresentando várias soluções com base num regime alimentar equilibrado.
Supostamente, Pitágoras foi um filósofo matemático do séc.VI a.C (570-571) e terá sido o filósofo que mais marcou esta era, em termos de racionalidade. A defesa do vegetarianismo não passa, no fundo, de um princípio provável da teoria por ele fundada, ou seja, o Pitagorismo. A teoria apontada como Pitagorismo é, na realidade, uma teoria muito importante para a história da matemática. Mas sobre Pitágoras pouco ou nada se sabe, pois tanto a sua vida como a sua morte foram um mistério e alguns historiadores apontam até para a hipótese de ele nunca ter existido. Exilado durante a maior parte da sua vida, o pensador praticou, numa primeira fase, os rituais órficos da religião que se implantou na Grécia, mas fundou posteriormente o pitagorismo, corrente que viria a ser um pouco mais radical do que a primeira.