Segundo indicam investigações recentes, as pessoas que seguem uma dieta rica em carne têm um risco acrescido de virem a sofrer doenças cancerígenas. O relatório indica diversos estudos que responsabilizam directamente o consumo de carne, em especial a "vermelha", com certos tipos de cancro, principalmente o do cólon.
O estudo de um grupo de habitantes do Nebraska permitiu concluir que os que comiam mais carne tinham um risco 3.6 vezes superior de sofrerem cancro do esófago, e duas vezes maior de sofrerem cancro do estômago, quando comparados com pessoas que seguiam dietas mais saudáveis. Os que consomem lacticínios em grandes quantidades têm o dobro do risco de qualquer uma das formas de cancro, segundo um estudo publicado na edição de Janeiro (2002) do American Journal of Clinical Nutrition.
Mary Ward, Honglei Chen e outros investigadores no National Cancer Institute, na Tuts University, Boston, inquiriram 124 pessoas com cancro de estômago, outras tantas com cancro do esófago e 449 pessoas sem nenhuma das doenças. O inquérito incluía questões detalhadas acerca dos seus hábitos alimentares, e caracterizava-os como "saudáveis", "ricos em carne" e "ricos em leite", entre outros.
A dieta "saudável" continha quantidades mais elevadas de frutos, vegetais e grãos. Além disso o estudo permitiu ainda concluir que a dieta dos entrevistados que eram saudáveis era em geral mais pobre em calorias.
"Em contraste com este padrão de dieta saudável o padrão de dieta dos mais ávidos comedores de carne inclui também menor ingestão de frutos, pão e cereais", consta do relatório apresentado.
33% dos pacientes com cancro do estômago e 35% dos pacientes com cancro do esófago seguiam uma dieta rica em carne ou em leite.
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