Ao contrário do que muitos ambientalistas pensam, a disposição dos resíduos domésticos em aterros sanitários ou em lixeiras não é a melhor forma de acabar com o lixo.
A utilização de aterros sanitários melhora as condições ambientais locais a curto prazo, mas em tempo, conduz o ambiente aos mesmos inconvenientes das lixeiras.
Nas lixeiras os resíduos são deixados a céu aberto apodrecendo em contacto com o ar, espalhando gases e fumos nos episódios de combustão livre.
Nos aterros sanitários, o terreno que serve de leito ao aterro, está em princípio protegido por telas impermeáveis ou leitos de argila compactada evitando a absorção do chorume que vai sendo tratado à medida em que é produzido.
Quando se dá o aproveitamento dos gases, principalmente metano, este é queimado localmente ou noutros locais para onde é transportado por condutas.
Nunca a captação dos gases corresponde a 100% pelo que há sempre uma parte que sai para a atmosfera contaminando-a.
Numa notícia do jornal "Folha de S. Paulo" descreve-se o que sucedeu numa lixeira de Ribeirão Preto. A notícia começa por afirmar: 1300 residências podem explodir, e os moradores podem estar contaminados por substâncias cancerígenas.
Os riscos estão expostos em despacho pericial feito por determinação da Justiça. A área possui cerca de 1300 casas e uma população estimada em 3900 pessoas.
Parte dos bairros foi construída sobre uma lixeira que funcionou naquela área entre 1974 e 1978. Todas as casas sobre a lixeira estão condenadas a apresentar rachaduras, como ocorreu pelo menos em 11 delas. As casas foram interditadas e demolidas.
No documento apresentado enumeram-se 12 substâncias que podem ser encontradas no solo dos bairros e o risco a que os moradores estão expostos. Na lista estão substâncias cancerígenas como, arsénio, benzopireno, DDT e HCB-hexacloro benzeno.
O local da lixeira também não tem pontos de escape de gás metano que é libertado pelos detritos acumulados. "Qualquer faísca pode fazer aquilo explodir" - afirma o perito.
As casas foram construídas e entregues entre 1991 e 1993. Como podemos concluir, o aterro esteve receptivo durante 4 anos (1974-78) e ao fim de 13 anos de encerrado foram construídas casas sobre a área. Passados 12 anos verificam-se problemas de rachaduras, gases, aparecimento de substâncias perigosas etc.
Vários técnicos aconselham deixar passar um prazo mínimo de 50 anos para se recuperar uma área que tenha servido para aterro de resíduos domésticos.
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Não percebi o porquê da boca para os "ambientalistas". Quem julgar que os aterros são uma boa solução para o lixo são as pessoas desinformadas e não os ambientalistas. Nunca ouvi ambientalistas defendendo essa hipótese. Muito pelo contrário, há anos que os ambientalistas batalham pelo investimento na separação e na valorização dos resíduos e contra a sua deposição indiscriminada em aterros e a sua incineração, que é o equivalente a varrer o lixo para debaixo do tapete. Portanto, não percebi mesmo nada qual foi a razão daquela boca...
Cosmine
não percebi a razão da "boca" aos ambientalistas
Não percebi o porquê da boca para os "ambientalistas". Quem julgar que os aterros são uma boa solução para o lixo são as pessoas desinformadas e não os ambientalistas. Nunca ouvi ambientalistas defendendo essa hipótese. Muito pelo contrário, há anos que os ambientalistas batalham pelo investimento na separação e na valorização dos resíduos e contra a sua deposição indiscriminada em aterros e a sua incineração, que é o equivalente a varrer o lixo para debaixo do tapete. Portanto, não percebi mesmo nada qual foi a razão daquela boca...
[Por: @ 2005-10-10, 24:00 | Responder | Imprimir ]Cosmine