Os pinhões mais comuns em Portugal no Outono e Inverno são sementes de pinheiro manso (Pinus Pinea) que se formam dentro de uma pinha, que se vai abrindo e libertando os pinhões dentro de uma casca dura conforme amadurece. Em passeios pelo campo encontram se facilmente pinhas já caídas da árvore que se podem transportar para casa e deixar abrir ou mesmo colocar bem perto de uma lareira ou no forno durante algum tempo para extrair os pinhões, praticamente sem custos, ao contrário dos comercializados já descascados que rondam cerca de 40 e 60 euros por quilograma.
Como os restantes frutos secos/sementes, os pinhões são bastante nutritivos, pelo que devem fazer parte de uma alimentação variada; no entanto o consumo deve ser moderado devido à riqueza em gorduras, ainda que insaturadas. Contêm também magnésio, cálcio, fibra e proteína, vitaminas do grupo B, PP, C e cálcio. As quantidades de fósforo e o potássio são as que mais se evidenciam neste alimento sempre presente nas celebrações natalícias portuguesas, sendo consumido simples, muito frequentemente em doçaria (bolos, doces de colher, pastéis, chocolates, gelados, biscoitos) e muitas vezes em pratos principais, saladas, pães, levemente torrados ou assados em recheios, molhos, etc.
O pinhão é também conhecido por controlar o apetite (é a única fonte natural de ácido pinolénico, responsável por estimular a secreção da hormona intestinal CCK—colecistocinina— que comunica ao cérebro a saciedade), por favorecer a saúde coronária e hepática (a gordura monoinsaturada combate o colesterol e protege as artérias enquanto que o ácido oléico ajuda o fígado a expelir triglicerídeos prejudiciais ao organismo), e por ter características antioxidantes.
Deve ser bem mastigado e consumido num curto espaço de tempo, pois a gordura desta semente tem tendência a estragá-la rapidamente.
Inserido em: 2011-01-22 Última actualização: 2011-01-24
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