A ideia ainda prevalecente é que o leite de vaca é essencial para se manter uma saúde de ferro. Mas estudos põem em causa esta ideia que vinha sendo considerada um dado adquirido. O leite não só não é benéfico como pode pôr em risco a saúde do consumidor. Os números demonstram uma relação directa entre o consumo de leite de vaca e a sua influência na absorção de cálcio, nos índices de osteoporose e de outras doenças.
O leite de cada um dos mais de 4.700 mamíferos da face da terra é formulado especificamente para a sua espécie. Há lactoferrinas e imunoglobulinas especiais (imunizantes específicos da vaca) que são alérgenos para seres humanos.
A tabela seguinte mostra as percentagens de adultos que desenvolveram intolerância à lactose. Em certos casos esta pode ser desenvolvida naturalmente quando o bebé nasce, mas a quase totalidade dos recém-nascidos trazem consigo uma enzima capaz de a decompor. É claro que naturalmente um homem adulto não precisa de mamar para se alimentar, pelo que é frequente a enzima desaparecer após a infância. Simplesmente entre as pessoas de descendência caucasiana, que continuam a consumir lacticínios pela vida fora, acabam por manter a capacidade de decompor a lactose, mesmo na idade em que era suposto não necessitarem.
Descendência
Percentagem de intolerantes à lactose
Asiática
90 a 100
Africana
65 a 70
Índios Americanos
95
Italiana
65 a 70
Hispânica
50 a 60
Caucasiana
10
Mito do cálcio
O leite apresenta uma elevada quantidade de cálcio. O facto de a apresentar não significa, contudo, que seja necessário ao homem o cálcio do leite. Na verdade, a vaca retira-o dos vegetais que consome.
Os países maiores consumidores de lacticínios são, na verdade, os que apresentam maiores taxas de osteoporose: Finlândia, Suécia, USA, Inglaterra.
Estes factos são acompanhados por números como, por exemplo, o índice de fracturas dos ossos do quadril entre os americanos de origem africana, em relação aos negros da África do Sul, que é 9 vezes maior.
Outro exemplo é a ingestão de cálcio nas localidades rurais da China: 50% menos do que nos USA. E o índice de fracturas ósseas nas localidades rurais da China é 1/5 menos do que nos USA.
As justificações para estes números são várias. Uma delas pode residir na vitamina D, que é essencial à absorção do cálcio. Pode ser obtida pela simples exposição ao sol, visto que a nossa pele é capaz de sintetizá-la.
Outra justificação, mais importante, é a perda de cálcio provocada pela ingestão descontrolada de alguns alimentos. Por exemplo, uma mulher expele através da urina 28 miligramas de cálcio após comer um hambúrger de carne de vaca. Ou 2 miligramas após tomar uma chávena de café.
A ingestão de proteínas em excesso em países como os USA e a Inglaterra podem sugerir uma justificação para os índices de osteoporose, mas a fonte de onde obtêm o cálcio lança outra ideia: a fonte do mineral. Isto porque, ao passo que o homem absorve entre 50 e 64% do cálcio presente nos vegetais, o índice de absorção do que existe no leite de vaca ronda os 32%
Antibióticos no leite
- Antibióticos autorizados no leite nos USA: 80 encontrados
- No leite de soja: 0 (zero) antibióticios
- Índice de crianças com problemas crónicos de prisão de ventre tão acentuada que mesmo laxativos não conseguem solucionar o problema, mas que se curaram trocando o leite de vaca por leite de soja: 44 %
Doença de Crohn
A paratuberculose por micobactérias provoca uma doença bovina conhecida como "Mal de Johne". Vacas diagnosticadas com esta doença têm diarreia e intensa eliminação fecal de bactérias. Estas bactérias multiplicam-se no leite, e não são destruídas pela pasteurização. Por vezes as bactérias vindas do leite passam a crescer no hospedeiro humano, e daí resulta a síndrome do intestino irritável, ou doença de Crohn.
Doença das vacas loucas
Também podem haver priões no leite e na carne. Priões são uma substância cristalina que age como um vírus, com período de incubação de 5 a 30 anos. O resultado final é a conhecida doença.
As principais causas de morte foram, em 1998 nos Estados Unidos:
drogas, remédios (ignorância, incompetência, falta de recursos)
158.448
problemas cérebro-vasculares
carne, leite, laticínios
112.584
bronquite, enfizema, asma
-
97.835
injeções não intencionais e efeitos secundários
-
91.871
pneumonia e gripe
sistema imunológicoenfraquecido e muco
64.751
diabetes
leite/laticínios, excesso de açucares
40.000+
atropelamentos
Educação, violência, a que a alimentação está associada
30.575
suicídios
distúrbios comportamentais, a que a alimentação está associada
Referências:
Robbins, J., The food revolution
http://webapp.cdc.gov/sasweb/ncipc/leadcaus.html (causas de morte nos USA)
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