Mais um ano está a chegar ao fim. E novamente nos países ocidentais ainda existe este espírito de Natal, esta pausa em que nos lembramos dos amigos e juntamos o mais possível a família na pressa de uma vida moderna que parece sugar cada segundo sem que nos apercebamos do tempo passar.
No século 21, parece que o veganismo finalmente se tornou bastante popular. Em todos os lugares que vamos, deve haver algo vegano para comer e os empregados de restaurante não acham estranho quando os clientes pedem comida vegana. Isso significa objetivo cumprido e portanto o fim do movimento vegano? Talvez não tão depressa.
Normalmente, existem quatro razões principais pelas quais as pessoas se tornam veganas: I) razões éticas; II) razões de saúde; III) razões ecológicas; e IV) razões espirituais.
Em geral é aceite que os primeiros humanóides eram principalmente recoletores, que sobreviveram com uma dieta baseada em plantas. Em seguida, evoluíram a arte da caça e começaram a comer quantidades cada vez maiores de carne. Embora esta não seja uma teoria consensual, é talvez indiscutível que os nossos antepassados viveram muito mais próximos da natureza do que os humanos modernos. E isso deve ser verdadeiro para possivelmente todas as civilizações da história humana conhecida. Respeitavam as paisagens naturais, os ciclos naturais do sol e da lua, as correntes e os ciclos da água e a vida em geral.
Depois dos heterossexuais, dos homossexuais, dos bissexuais e dos metrossexuais, conhece agora os … vegansexuais.
Este novo conceito de orientação sexual foi recentemente formulado pelo Centro de Estudos Humanos e Animais, da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, no âmbito de um estudo denominado “Perspectivas e Experiências de Vegetarianos e de outros Consumidores Éticos”, estudo esse incluído num projecto mais vasto sobre a interacção entre seres humanos e animais.
De acordo com um estudo liderado por médicos alemães, publicado durante o mês passado no American Journal of Clinical Nutrition, as pessoas que praticam um regime de alimentação vegetariana podem sofrer de falta de vitamina B12. Mas os vegetarianos rejeitam esta consequência linear, apresentando várias soluções com base num regime alimentar equilibrado.
A questão da necessidade de os homens matarem animais para se alimentarem da sua carne tem sido muito discutida. Um dos argumentos a favor do vegetarianismo baseia-se no estudo comparativo da anatomia e fisiologia dos animais carnívoros, herbívoros e frugívoros. A comparação demonstra que a dieta mais adequada ao homem seria a dieta frugívora e herbívora.
Eis algumas diferenças e semelhanças.
Os vegetais estão plenos de nutrientes: fornecem vitamina C, beta-caroteno, riboflavina, ferro, cálcio, fibras e outros. Vegetais de folha verde como os brócolos, couve, folhas de nabo e chicória são especialmente boas fontes destes importantes nutrientes. Vegetais amarelo-escuro e laranja, como as cenouras, abóbora de inverno, batata-doce e abóbora menina fornecem mais algum
beta-caroteno. Inclui quantidades generosas de uma variedade de vegetais na tua dieta. Tamanhos das porções: 1 chávena de vegetais crus; ½ chávena de vegetais cozidos.
Para uma boa saúde há que descobrir como abastecer o corpo com todos os nutrientes necessários ao longo do dia. De acordo com as características dos vários alimentos, e tendo em conta o seu conteúdo em nutrientes e as necessidades que temos de cada um, as dicas que se seguem oferecem-te orientações quanto à quantidade e tipo de alimentos.
Tem em atenção que o número de porções varia com as necessidades específicas de cada pessoa e que deves procurar variar o mais possível dentro dos vários grupos de alimentos. É muito importante variar, para evitar a monotonia alimentar, muito prejudicial ao organismo.
A mudança de alimentação, por muito benéfica que seja, não convém ser radical. Deve ser progressiva, de modo que a adaptação do corpo seja gradual. É importante para um vegetariano/vegano que tenha uma opinião esclarecida sobre alimentação e as transformações que irão ocorrer.
O consumo de carne aumenta os níveis de colesterol, que, consequentemente, aumenta o risco de doenças coronárias. Os alimentos de origem vegetal são isentos da substância, pelo que o consumo diário de colesterol de um vegan é nulo, ao passo que o de um omnívoro é de cerca de 400 miligramas.